quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vanderlei Luxemburgo perdeu mais de R$ 1 milhão


Treinador entrou em má fase no futebol quando passou a gastar tempo e dinheiro nas mesas.



Considerado um dos treinadores mais talentosos do mundo, Vanderlei Luxemburgo tem cinco títulos brasileiros, incontáveis regionais e chegou a trabalhar no Real Madrid, da Espanha, comandando estrelas do quilate de Beckham e Zidane – mas não anda em seus melhores dias.

Atualmente no Flamengo, o treinador tenta se reencontrar após passagens sem brilho por Atlético-MG, Santos e Palmeiras. Segundo a última edição da Revista ESPN, boa parte da queda de rendimento no trabalho (e nas contas bancárias) do experiente técnico pode ser creditada a um outro tipo de jogo: o pôquer, que teria deixado o profissional R$ 1,2 milhão menos rico.

A publicação traz informações sobre a constante participação de Luxa em mesas de pôquer desde os tempos em que comandou o Palmeiras pela última vez, em 2008, incluindo presença em um torneio internacional, em Punta del Este, no Uruguai.

Segundo a reportagem, Luxemburgo passou a frequentar as rodas de carteado em uma concessionária na Avenida Sumaré, zona oeste de São Paulo, com o meia Carlos Alberto (então no São Paulo) e Denilson (ex-atacante, hoje comentarista de televisão), chegando a perder até R$ 200 mil em uma noite pouco afortunada.

Despedido pelo Alviverde, acertou com o Santos e não abandonou o carteado, levando o novo passatempo também para Belo Horizonte. Na capital mineira, não conseguiu desenvolver um bom trabalho à frente do Atlético-MG, mas arranjou tempo para participar de animadas noites na cobertura de Ricardo Guimarães, ex-presidente do Galo, e perder até R$ 1 milhão por conta da jogatina.

Segundo a revista, a fama de que ele aposta alto e mais perde do que ganha também é conhecida, assim como alguns dos apelidos usados por ele para jogar on-line e os sites que frequenta. A publicação consultou o desempenho de Luxemburgo no pôquer on-line em sites especializados. Os dois perfis somam pouco mais de 500 jogos, apostas iniciais geralmente a partir de R$ 185 (cerca de US$ 100) e pequenas perdas frequentes entremeadas por ganhos esporádicos (um deles, de US$ 5 mil).

A volta ao Flamengo é uma das últimas tentativas de Luxemburgo acertar a mão com um “Royal Flush” (uma das jogadas mais valiosas do pôquer) e provar que ainda é um dos grandes treinadores do mundo.

Em recente entrevista ao jornal O Globo, Luxemburgo procurou não polemizar quando questionado sobre o jogo.

- Gosto de baralho. Pegam no meu pé como se fosse negativo, mas passam pôquer na TV e acham bonito.

É contra esse “negativismo” citado por Vanderlei que Igor Trafane luta. Ele é presidente da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (uma das modalidades de pôquer; no caso, a mais popular) e defende a legitimidade do entretenimento preferido do treinador do Flamengo.

- Ele joga, mas como qualquer outra pessoa. Não há nada de vício, nada de condenável. As grandes mesas do país trazem profissionais de todas as áreas, empresários, jornalistas, médicos, advogados e pessoas ligadas ao futebol. Ele é um deles e, até onde eu sei, joga de vez em quando, como diversão.

Sobre as Águas - Dvd Original.Trazendo a Arca