quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Lea T., a transexual
Maite ao lado da sobrinha nos bastidores do Paraná Business Collection
O estilista Alexandre Linhares, do Paraná, tem a sua própria Lea T., a transexual que conquistou o mundo da moda. O nome dela é Maite Schneider. Aos 38 anos, ela se tornou o rosto da marca de Linhares, a Heroína. A coleção atual é inspirada na criação divina. Na campanha publicitária, Maite é “Deus”. Nas fotos, ela aparece com os seios de fora. É polêmico, admite o estilista. Porém, o intuito não é chocar. “Gosto de exaltar a força feminina, que é foco de tudo na minha trajetória”, diz. Sobre ter escolhido Maite, que é sua amiga, ele diz que “o transexual não precisa se prostituir, não tem que viver à margem da sociedade por ter nascido com um corpo que não quer. O fato de desfilarem como as mulheres que são, e não como uma aberração, quebra paradigmas”. Linhares estreou no circuito oficial da moda no último sábado, com dez looks na passarela do Paraná Business Collection.
Maite nasceu Alexandre. Ela sempre se sentiu estranha. Não se parecia com o irmão mais velho nem com a irmã mais nova. A pergunta que mais fazia a si mesma era “que bicho sou eu?”. Muito jovem, virou piada na escola. Então decidiu tentar ser “mais homem”, como o irmão. Entrou no judô e virou escoteiro. “No judô, eu chorava quando me jogavam no chão. Nos acampamentos, eu fazia jardins, enquanto os outros meninos iam para o mato e subiam nas árvores”, diz.
Passou a acreditar que sua confusão era coisa do “capeta”, por causa da criação religiosa que recebeu. “Eu ia à igreja e eles não conseguiam tirar aquilo de mim”. Acabou tentando o suicídio duas vezes. Aos 16 anos, o pai a levou a um psiquiatra. Lá, ela ouviu pela primeira vez o termo transtorno de identidade de gênero. “Descobri que o que eu sentia tinha nome. E não tinha cura. Porque é uma coisa do cérebro, né?”.
Maite quando ainda era Alexandre
A saída era ser mulher também fora da cabeça. Começou a tomar hormônios, “para equilibrar a parte externa com a interna”. Quando completou 30 anos, ganhou de presente um laudo que autorizava a cirurgia de mudança de sexo. “O problema é que, nessa época, a cirurgia não era coberta pelo SUS. O preço era exorbitante”. Munida de coragem e de uma dose de loucura, conseguiu um bisturi, anestésicos e com um “manual” conseguido na internet, tentou extrair – ela mesma – os dois testículos. Acabou desmaiando e foi parar no hospital. “Acharam que eu tinha tentado me matar de novo”.
Quando voltou para casa, descobriu que havia uma clínica no Paraguai que cobrava um preço baixo pela retirada dos testículos. Viajou e passou por uma cirurgia de oito horas. Na volta, teve uma infecção e precisou voltar para o hospital. “Meu pai me perguntava quando eu iria parar. Eu dizia a ele que precisava ser mulher”.
Foi aí que ela decidiu contar sua história na internet. Em seu site, ela pedia doações para a cirurgia, que custava R$ 20 mil. Em um ano, com doações que variavam de R$ 5 a R$ 20, conseguiu juntar o dinheiro. Fez a sua terceira cirurgia. Logo depois, surgiram dois nódulos benignos no canal de sua nova vagina. Mais uma cirurgia. A conta chega a dez. A última foi feita recentemente. O que ela deseja é conseguir sentir prazer na relação sexual. “Quero estar inteira, porque a vida inteira estive pela metade”. Judicialmente, ela é totalmente mulher.
Maite ao lado da mãe e da sobrinha e com o estilista Kauan Von Novack no Paraná Business Collection
Sua vida não é fácil, ela afirma. Precisa tomar remédios, sofre com o preconceito das pessoas. Na família isso não existe. Não agora. No começo, quando decidiu se tornar mulher, exagerava na produção. “Era esdrúxulo, eu usava sete tipos de sombra. Achava que quanto mais maquiagem usasse, mais mulher seria”. A mãe, com quem Maite foi morar após a separação dos pais, ficava constrangida. “Um dia, ela disse que não queria ser vista comigo na rua. Ali eu senti que tinha perdido minha mãe”.
Para não envergonhá-la, Maite decidiu mudar de cidade. Quando estava na rodoviária, foi segurada pelo pai. “Ele disse que a gente daria um jeito”. O pai cedeu a ela um espaço em seu escritório de engenheiro. Pagou a faculdade de direito. Acolheu. Só depois de dez anos, mãe e filha voltaram a se falar. “Eu descobri que ela tinha alguns medos e não entendia muitas coisas. Mas, na época, não tivemos a capacidade de falar as coisas e acabamos nos perdendo. Hoje a gente sai para comprar calcinha juntas”.
Maite acaba de sair de um relacionamento. Diz que a parte sexual do namoro era complicada. Com sua fala rápida e segura, ela explica que os namorados precisam ter cabeça aberta. Só os namorados?, eu me pergunto. Fico sem resposta. Maite toca a vida. Ela tem uma clínica de depilação masculina bem movimentada. Além disso, é atriz – com DRT, ressalta. E agora virou modelo.
Ato Profético: Pastor usa arma no meio do culto para dar “tiro no diabo”
As imagens foram gravadas no final do ano passado durante uma Cruzada de Avivamento no Sul do país. O vídeo que foi editado e postado no Youtube começa com um aviso: as armas usadas foram doadas “como oferta”.
Aparece então outro aviso que diz “O uso destas armas foi apenas com a intenção de encenar um ato profético. O Centro de Avivamento para as Nações repudia qualquer manifestação de violência e somos totalmente contra o uso de qualquer tipo de arma.”
O apóstolo Manuel chega para o apóstolo Silvio Ribeiro e diz que as duas armas foram “entregues como missão” e a igreja aplaude. Silvio Ribeiro pede para a igreja fingir que tem uma arma na mão e, na posse das armas verdadeiras, aponta-as para baixo e profetiza:
“Ao que diz Eclesiastes 10:19 o vinho que você não gosta, e até Jesus tomava, alegra a vida e o dinheiro que você acha que não tem que falar na igreja, diabo, é a resposta para todas as coisas!”, esbraveja o apóstolo.
Em seguida ele se dirige para a igreja e pede: “agora aponta o seu 38 para baixo e repete: diabo, bala de fogo na sua cabeça!” E começam os disparos.
Falece o pastor José Pimentel de Carvalho líder da Assembleia de Deus em Curitiba
Faleceu nesta manhã de quinta-feira, aos 95 anos, o pastor José Pimentel de Carvalho, líder da Assembleia de Deus em Curitiba (PR) e um dos grandes nomes das Assembleias de Deus no Brasil. Ele chegou a presidir a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), órgão máximo da denominação no país, nos anos 60, 70 e 80.
Viúvo, pai de nove filhos, José Pimentel foi consagrado pastor em 18 de maio de 1945 e chefiou o Departamento de Escola Dominical da CPAD por oito anos. Ele foi responsável pela criação das primeiras lições bíblicas para crianças, presidiu a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) em seis mandatos e a presidência da Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Estado do Paraná (Cieadep) por vários mandatos.
Sua vida foi vivida para a pregação do evangelho, chegando a pastorear as ADs em Cordovil e Penha, ambas na zona norte da capital fluminense. Liderou ainda a AD em Cabuçu e Itaboraí no interior do Estado. Além disso, fundou o Instituto Bíblico das Assembleias de Deus no Paraná e a Associação Educacional do Paraná.
Pastor Pimentel termina a sua carreira com milhares de vidas conquistadas para Jesus, um ministério aprovado por Deus, 81 anos de vida com Jesus e 66 anos de profícuo ministério pastoral. Como Paulo, pode dizer: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé; espera-me agora a coroa de justiça que receberei das mãos do meu Senhor”.
Carnaval: Presbítero da Igreja Renascer comanda a bateria da Mangueira
A notícia é de fato curiosa, um presbítero da igreja Renascer em Cristo está conduzindo a bateria da escola de samba carioca Mangueira. Ailton André Nunes se tornou a pouco mais de um mês no mestre da bateria da Verde e Rosa, criado no meio da comunidade, ele conta ao jornal O Dia que desde pequeno tinha talento para os tambores.
O percussionista profissional de 39 anos fez parte da escola de samba antes de converter, chegou a ser um dos diretores e também o primeiro repique. Nesse período, conta ao jornal, que começou a ter condutas que estavam quase destruindo sua família, foi quando ele passou a freqüentar a igreja.
Na caminhada de lá para cá, trabalhou com música, rodou a Europa como percussionista e reencontrou amigos no Brasil. Mas demorou oito anos para aceitar o convite de voltar a tocar na escola. Agora, no comando da “Bateria Surdo Um” ele pretende ganhar nota 10 para a Mangueira.
Sobre cair em tentação em meio à festa da carne o presbítero diz: Todos nós somos pecadores. Só que tem um porém: eu tenho consciência que sou pecador, mas hoje não vivo pelo pecado”, responde ao jornalista do jornal carioca.
Academia islâmica quer que Papa se desculpe por Cruzadas
Durante o evento “Agenda da convivência: cristãos e muçulmanos por um futuro juntos”, que aconteceu nesta segunda-feira, Muhammad Rifaa Al Tahtawi , ex-porta-voz da Academia de Investigação Islâmica de Al Azhar, com sede no Cairo, declarou que quer que o Papa Bento 16 se desculpe pelas Cruzadas ou condene a ocupação israelense dos territórios palestinos.
O ex-representante da maior instituição sunita do mundo disse que está confiante sobre a retomada do diálogo, que foi congelado pela academia sunita no último 20 de janeiro, após o Papa denunciar que os cristãos são perseguidos no Oriente Médio. Para a instituição islâmica, o pontífice teria atribuído aos muçulmanos a responsabilidade pela opressão da comunidade cristã na região.
A acusação do Papa deixou a comunidade islâmica revoltada e por isso, Tahtawi, afirmou que, para se retratar sobre essa fala, o Papa terá que apresentar “as desculpas pelas Cruzadas” ou “condenar o que Israel está fazendo na Palestina”.
Para Tahtawi “não é aceitável” que o líder máximo da Igreja Católica diga que “não insultou [os muçulmanos e que] apenas falou” o que diria “para qualquer outro grupo religioso sobre a falta de liberdade religiosa”.
“Nós queremos que o Papa faça um gesto que dê a entender aos muçulmanos que ele lhes tem como seres humanos, assim como tem a todos os outros. Um sinal de respeito seria falar do Islã como uma região de paz, como uma das principais regiões no mundo que toma uma posição sobre as práticas israelenses, assim como sobre Jerusalém”, defendeu o ex-porta-voz, acrescentando que “o mundo islâmico, em geral, sente por não ser respeitado e tratado igual”.
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