Sessão na Corte Arbitral do Esporte teve início às 04h30 (horário de Brasília) em Lausanne, na Suíça
|
Jobson chega à Corte Arbitral do Esporte, na Suíça
(Foto: Bianca Rothier) |
O julgamento de Jobson na Corte Arbitral do Esporte (CAS), em Lausanne, Suíça, teve início na manhã desta terça-feira por volta das 09h30 (04h30 de Brasília). O jogador do Bahia chegou ao tribunal acompanhado por cinco advogados, sendo três pessoais e dois do Botafogo. Apreensivo, o atacante procurou mostrar confiança em um final feliz.
- Espero sair daqui hoje sorrindo e continuar o meu trabalho – disse, antes da sessão, o jogador que ainda terá como testemunhas um médico e uma psicóloga, ambos do Alvinegro. Um médico do Atlético-MG que tratou dele também vai ser ouvido, mas por videoconferência.
O resultado do julgamento, porém, não sairá nesta terça. A Corte Arbitral do Esporte terá até 60 dias para se pronunciar. Segundo o advogado Bichara Neto, não há o risco de o jogador ser banido do esporte.
- Essa possibilidade está afastada. O máximo que se admitiria seria aumentar a suspensão para 2 anos de pena. Tecnicamente, a Agência Mundial Antidoping não pediu o banimento - frisou Bichara, acrescentando a linha a ser adotada:
- A estratégia da defesa é admitir o uso da substância e demonstrar que o atleta vem se recuperando da dependência química dele. Em razão disso, uma suspensão adicional à pena que já foi aplicada no Brasil não seria útil ao processo e para a recuperação dele.
Jobson foi flagrado no exame antidoping na reta final do Campeonato Brasileiro de 2009, em partidas contra o Coritiba e o Palmeiras, quando defendia o Botafogo. O laudo apontou uso de cocaína; diante do juiz, o atacante admitiu ter usado crack. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou o caso e condenou o jogador a cumprir dois anos de suspensão. No entanto, após recurso, a pena foi reduzida a seis meses e cumprida no primeiro semestre de 2010.
O processo terminaria aí se a Wada (Agência Mundial Antidoping) não tivesse entrado com um recurso: a instituição considerou a punição muito leve e pediu a pena base para casos de doping, que é de dois anos de suspensão.
Destaque na vitória do Bahia sobre o Fluminense no sábado anotando o gol decisivo nos acréscimos (1 a 0 no Engenhão pela sexta rodada do Brasileiro), Jobson sabe que ainda terá de aguardar para saber a decisão da Corte, mas espera retornar ao Brasil com a sensação da absolvição ainda mais consolidada.