domingo, 4 de setembro de 2011

Maquiavel e a autonomia da política

Maquiavel ensinou como o governante deveria agir e quais virtudes deveria ter a fim de se manter no poder e aumentar suas conquistas
Nicolau Maquiavel, nascido na segunda metade do século XV, em Florença, na Itália, trata-se de um dos principais intelectuais do período chamado Renascimento, inaugurando o pensamento político moderno. Ao escrever sua obra mais famosa, “O Príncipe”, o contexto político da Península Itálica estava conturbado, marcado por uma constante instabilidade, uma vez que eram muitas as disputas políticas pelo controle e manutenção dos domínios territoriais das cidades e estados.

Conhecer sua trajetória como figura pública e intelectual é muito importante para que as circunstâncias nas quais este pensador pensou e escreveu tal obra sejam compreendidas. Maquiavel ingressou na carreira diplomática em um período em que Florença vivia uma República após a destituição dos Médici do poder. Contudo, com a retomada dessa dinastia, Maquiavel foi exilado, momento em que se dedicou à produção de “O Príncipe”. Esta sua obra seria, na verdade, uma espécie de manual político para governantes que almejassem não apenas se manter no poder, mas ampliar suas conquistas. Em suas páginas, o governante poderia aprender como planejar e meditar sobre seus atos para manter a estabilidade do Estado, do governo, uma vez que Maquiavel conta sucessos e fracassos de vários reis para ilustrar seus conselhos e opiniões. Além disso, para autores especializados em sua vida e obra, Nicolau Maquiavel teria escrito esse livro como uma tentativa de reaproximação do governo Médici, embora não tenha logrado êxito num primeiro momento.

Outro fator fundamental para se estudar o pensamento maquiaveliano é o pano de fundo da Europa naquele período, do ponto de vista das ideologias e do pensamento humano. Ao final da Idade Média, retomava-se uma visão antropocêntrica do mundo (que considera o homem como medida de todas as coisas) presente outrora no pensamento das civilizações mais antigas como a Grécia, a qual permitiu o despontar de uma outra ideia política, que não apenas aquela predominante no período medieval. Em outras palavras, a retomada do humanismo iria propor na política a “liberdade republicana contra o poder teológico-político de papas e imperadores”, como afirma Marilena Chauí (2008). Isso significaria a retomada do humanismo cívico, o que pressupõe a construção de um diálogo político entre uma burguesia em ascensão desejosa por poder e uma realeza detentora da coroa. É preciso lembrar que a formação do Estado moderno se deu pela convergência de interesses entre reis e a burguesia, marcando-se um momento importante para o desenvolvimento das práticas comerciais e do capitalismo na Europa. Assim, Maquiavel assistia em seu tempo um maior questionamento do poder absoluto dos reis ou de alguma dinastia, como os Médici em Florência, uma vez que nascia uma elite burguesa com seus próprios interesses, com a exacerbação da ideia de liberdade individual. Questionava-se o poder teocêntrico e desejava-se a existência de um príncipe que, detentor das qualidades necessárias, isto é, da virtú, poderia garantir a estabilidade e defesa de sua cidade contra outras vizinhas.

Dessa forma, considerando esse cenário, Maquiavel produziu sua obra com vistas à questão da legitimidade e exercício do poder pelo governante, pelo príncipe. A legitimação do poder seria algo fundamental para a questão da conquista e preservação do Estado, cabendo ao bom rei (ou bom príncipe) ser dotado de virtú e fortuna, sabendo como bem articulá-las. Enquanto a virtú dizia respeito às habilidades ou virtudes necessárias ao governante, a fortuna tratava-se da sorte, do acaso, da condição dada pelas circunstâncias da vida. Para Maquiavel “...quando um príncipe deixa tudo por conta da sorte, ele se arruína logo que ela muda. Feliz é o príncipe que ajusta seu modo de proceder aos tempos, e é infeliz aquele cujo proceder não se ajusta aos tempos.” (MAQUIAVEL, 2002, p. 264). Conforme afirma Francisco Welffort (2001) sobre Maquiavel, “a atividade política, tal como arquitetara, era uma prática do homem livre de freios extraterrenos, do homem sujeito da história. Esta prática exigia virtú, o domínio sobre a fortuna”. (WELFFORT, 2001, p. 21).

Contudo, a forma como a virtú seria colocada em prática em nome do bom governo deveria passar ao largo dos valores cristãos, da moral social vigente, dada a incompatibilidade entre esses valores e a política segundo Maquiavel. Para Maquiavel, “não cabe nesta imagem a ideia da virtude cristã que prega uma bondade angelical alcançada pela libertação das tentações terrenas, sempre à espera de recompensas no céu. Ao contrário, o poder, a honra e a glória, típicas tentações mundanas, são bens perseguidos e valorizados. O homem de virtú pode consegui-los e por eles luta” (WELFFORT, 2006, pg. 22). Assim, essa interpretação maquiaveliana da esfera política foi que permitiu surgir ideia de que “os fins justificam os meios”, embora não se possa atribuir literalmente essa frase a Maquiavel. Além disso, fez surgir no imaginário e no senso comum a ideia de que Maquiavel seria alguém articuloso e sem escrúpulo, dando origem à expressão “maquiavélico” para designar algo ou alguém dotado de certa maldade, frio e calculista.

Maquiavel não era imoral (embora seu livro tenha sido proibido pela Igreja), mas colocava a ação política (construída pela soma da virtú e da fortuna) em primeiro plano, como uma área de ação autônoma levando a um rompimento com a moral social. A conduta moral e a ideia de virtude como valor para bem viver na sociedade não poderiam ser limitadores da prática política. O que se deve pensar é que o objetivo maior da política seria manter a estabilidade social e do governo a todo custo, uma vez que o contexto europeu era de guerras e disputas. Nas palavras de Welffort (2001), Maquiavel é incisivo: há vícios que são virtudes, não devendo temer o príncipe que deseje se manter no poder, nem esconder seus defeitos, se isso for indispensável para salvar o Estado. “Um príncipe não deve, portanto, importar-se por ser considerado cruel se isso for necessário para manter os seus súditos unidos e com fé. Com raras exceções, um príncipe tido como cruel é mais piedoso do que os que por muita clemência deixam acontecer desordens que podem resultar em assassinatos e rapinagem, porque essas consequências prejudicam todo um povo, ao passo que as execuções que provêm desse príncipe ofendem apenas alguns indivíduos” (MAQUIAVEL, 2002, p. 208). Dessa forma, a soberania do príncipe dependeria de sua prudência e coragem para romper com a conduta social vigente, a qual seria incapaz de mudar a natureza dos defeitos humanos.

Assim, a originalidade de Maquiavel estaria em grande parte na forma como lidou com essa questão moral e política, trazendo uma outra visão ao exercício do poder outrora sacralizado por valores defendidos pela Igreja. Considerado um dos pais da Ciência Política, sua obra, já no século XVI, tratava de questões que ainda hoje se fazem importantes, a exemplo da legitimação do poder, principalmente se considerarmos as características do solo arenoso que é a vida política.

Reynaldo Gianecchini resolve raspar a cabeça

O tumor de Giane está localizado nos gânglios linfáticos [que atuam na defesa do organismo contra infecções


O ator Reynaldo Gianecchini, que no começo do mês de agosto foi diagnosticado com um câncer linfático, resolveu se antecipar aos efeitos da quimioterapia e raspou os cabelos.Segundo nota publicada neste sábado (3) no jornal carioca Extra, o galã foi alertado pelos médicos e, para não perder os cabelos gradativamente, resolveu adotar a cabeça raspada como alternativa.

O tumor de Giane está localizado nos gânglios linfáticos [que atuam na defesa do organismo contra infecções e estão localizados em diversas partes do corpo, como pescoço, axilas e virilha].A confirmação do diagnóstico foi possível depois que o ator teve reações infecciosa e alérgica de uma cirurgia de hérnia inguinal, realizada em julho.

Como os gânglios não diminuíam, os médicos começaram a realizar uma bateria de exames no galã para conseguir o diagnóstico definitivo. As informações são do R7.

Que tal 2 TB em um simples pendrive?

Já vimos cartões de memória com 128 GB e até outros com 256 GB de espaço, mas dois teras é um mundo totalmente além de possibilidades de armazenamento. É o meu HD principal, de 160 GB, várias vezes copiado.


A empresa Transcend resolveu abrir ao mundo que está produzindo pendrives com um espaço com bastante generosidade, são 2 TB. Isso mesmo, DOIS TERAS de espaço para seus documentos, fotos, ou qualquer outra coisa que você acha que deve ficar em algo tão portátil como um pendrive.

De acordo com a empresa, este montante de espaço cabe justamente em um dispositivo que não é maior do que um dedo e um fio de cabelo mais fino do que um lápis. Já vimos cartões de memória com 128 GB e até outros com 256 GB de espaço, mas dois teras é um mundo totalmente além de possibilidades de armazenamento. É o meu HD principal, de 160 GB, várias vezes copiado.

Ainda não está claro se a empresa está pronta para iniciar a produção em massa deste pendrive, mas eu quero e quero muito um destes no meu bolso! Imagine que você poderá ter backups de suas coisas em um dispositivo tão pequeno e mais seguro do que deixar tudo nas nuvens! As informações são do Tech Guru

Primeira união homoafetiva do sul da Bahia é feita em Teixeira de Freitas

Baiano e suíço já têm união estável na Suiça, onde moram. Casal está junto há três anos e quis registrar união também no Brasil.

Foto: Reprodução/TV Santa Cruz
A primeira união homoafetiva do sul da Bahia foi realizada na sexta-feira (2), em Teixeira de Freitas, a 800 km de Salvador. O baiano do município de Medeiros Neto, Osmar Júnior, de 23 anos, e o suíço Leano Andali, de 29, fizeram a escritura de união estável no Cartório de Notas do Fórum Desembargador Manoel Pereira e seguiram para o salão do júri, onde o documento foi assinado na presença de duas testemunhas e do tabelião.

Com o documento, o casal passa a ser reconhecido como entidade familiar, com direitos como divisão de bens, inclusão de dependente em plano de saúde e benefícios da previdência social. "Sinto felicidade, emoção. Estou contente em em poder dividir parte da minha vida com ele [Osmar]", diz o suíço.

De acordo com juiz, Marcus Aurelius Sampaio, da 1ª Vara e Registro Público de Teixeira de Freitas, essa foi a primeira união homoafetiva registrada em cartório na região. Osmar explica que o casal já fez o mesmo procedimento na Suíça e que, em passagem pela Bahia, resolveram aproveitar que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável homoafetiva no Brasil como entidade familiar.

"Para nós é um passo muito importante. A gente tá aproveitando porque aqui no Brasil é recente. Tô muito feliz", diz o baiano que depois seguiu com a família e o companheiro para uma festa de comemoração em Medeiros Neto.
Há três anos, Osmar e Leano se conheceram na Itália. O suíço foi ao país a trabalho e o baiano morava no país. Depois eles foram para a Suíça, onde moram atualmente. Osmar trabalha como barman e Leano como representante de vendas. Os dois vieram ao Brasil passar férias e decidiram declarar a união estável.

Eles ficam até a próxima semana na Bahia e pretendem aproveitar um pouco mais do sul do estado antes de voltarem para casa. "Estamos em Medeiros Neto com minha família e vamos para Porto Seguro amanhã [domingo] porque já voltamos na próxima semana", completa Osmar.As informações são do G1.