segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Contra-revolução sexual


Campanha evangélica pela castidade pré-conjugal e discurso de artistas como os Jonas Brothers revalorizam a virgindade entre a juventude cristã.

Nos palcos de todo o mundo, eles galvanizam a atenção das adolescentes. Joe, de 19 anos; Kevin, 21; e Nick, de 16 – os Jonas Brothers –, são alguns dos artistas mais badalados do momento. O trio americano tem músicas açucaradas, como convém às bandas do gênero. Quem não se lembra, por exemplo, dos portorriquenhos do Menudo, uma coqueluche entre as teens dos anos 1980, ou dos rapazes do extinto grupo Polegar, cujos pôsteres ilustravam os quartos das adolescentes de sua época? Mas os Jonas Brothers chamam a atenção por algo diferente. Assumidamente cristãos, os jovens artistas caminham na contramão dos colegas do showbiz e fazem da defesa da virgindade pré-conjugal uma de suas bandeiras. Eles juram de pés juntos que se manterão castos até o casamento, no que têm sido seguidos por milhões de fãs.

Ninguém sabe se o compromisso será seguido à risca, mas fato é que os Jonas Brothers, todos ex-alunos do Eastern Christian High School, em North Haledon, New Jersey (EUA), conseguiram fazer de algo considerado fora de moda um tema obrigatório nas conversas de inúmeros jovens como eles – a valorização da virgindade. O grupo faz do uso do chamado anel de pureza – acessório que os adeptos do movimento fazem questão de ostentar – e de declarações favoráveis à castidade suas marcas registradas em shows, entrevistas e aparições públicas. “As alianças servem como lembrete constante para viver uma vida com valores”, diz Nick, o mais novo dos Jonas Brothers.

O movimento religioso em prol da abstinência sexual até o casamento teve início em 1994, na cidade americana de Baltimore. Inconformadas com a pressão que sofriam na escola por serem virgens, duas adolescentes evangélicas queixaram-se ao pastor de sua igreja, de denominação Batista. Por iniciativa delas, foi organizada uma reunião com outros jovens para discutir a questão da sexualidade sob a ótica bíblica. Dali, surgiu uma campanha, que recebeu o nome de True love waits, algo como “O amor verdadeiro espera”. Logo, o projeto estendeu-se para as escolas e demais instituições ligadas à juventude, sendo adotado posteriormente por diversas orientações religiosas. Jimmy Hester, atual coordenador do programa, informa que já existem cerca de 3 milhões de jovens envolvidos diretamente com a causa. “Esse é o número que temos documentado. Durante as palestras, alguns adolescentes assinam nosso acordo de adesão”, explica.

Inicialmente, a organização do programa lançou uma pulseira de plástico para simbolizar a preservação da castidade. Mais tarde, ela foi substituída por um pingente de prata, mas só com o anel da pureza houve uma maior popularização do movimento pró-pureza sexual entre os jovens, inclusive aqui no Brasil. O estudante Renan Scott, de 16 anos, membro da Assembleia de Deus em São Paulo, acha que a postura de gente famosa como os integrantes do Jonas Brothers repercute positivamente. “Eles estão corretos e simplesmente mostram o que acreditam. Identifico-me com a atitude deles em mostrar sua fé para todos, indo completamente contra o ritmo do jogo e do que a mídia impõe”. O “jogo”, no caso, é a liberalidade sexual. O adolescente conta que, para a maioria de seus amigos, o sexo funciona como fonte de prazer, de popularidade e de admiração entre os colegas. “Todos querem ser o grande pegador, o bonzão”, critica.

Conflito

Embora não use o anel por considerá-lo modismo, Andréia Maressa, 17, evangélica batista, defende que homem e mulher devem se guardar para o casamento. Ela cita o texto de I Tessalonicenses 4: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição”. A jovem lembra que o compromisso maior é com Deus. “Quando me questionam como posso ter certeza de que este momento será especial sem experimentar antes, respondo que foi o Senhor quem me criou e também criou o sexo”, afirma. “Mas a pureza sexual vai muito além de não fazer sexo, está no ato de pensar, de falar e de agir.”

Doutora em educação e especialista em sexualidade humana, Ana Cláudia Bortolozzi Maia conceitua a virgindade como um aspecto do comportamento humano, construído a partir de valores e modelos presentes na sociedade. “Assim como outras questões relacionadas à sexualidade, trata-se de um fenômeno cultural”, diz. Para ela, a importância dada à virgindade é construída por meio de uma valoração social determinada culturalmente e historicamente. “Assim, a virgindade, atrelada a preceitos religiosos ou não, é um valor pessoal e familiar dentro de diferentes contextos”, afirma.

“Os Jonas Brothers são garotos diferentes e a atitude deles valoriza a fidelidade”, empolgam-se Karina Napole, 11, e Larissa Zaratin, 12, alunas da sétima série de um colégio católico em São Paulo. “É muito difícil encontrar alguém que defenda essa postura”, emenda a primeira. Paola Ratola, 18, estudante ligada à Igreja Batista, aborda a questão com mais maturidade: “A preservação da virgindade demonstra o caráter e os princípios adquiridos pela pessoa, justamente por esta ser uma área de difícil controle”. Ela acha correto o jovem não iniciar sua vida sexual antes do casamento. “É que ali se firma um compromisso sério. É uma união para sempre – além do mais, é uma situação constrangedora estar cada vez com uma pessoa e no final acabar rejeitada e falada”, frisa.

No entender da especialista Ana Cláudia, a pressão social e da mídia é realmente determinante nessa questão. “O que mais percebo é uma falta de autonomia na escolha em ser ou não virgem, isto é, pessoas que querem ou não ter vida sexual não como uma escolha autônoma, mas para corresponder aos ideais e cobranças de pais, amigos, parceiros etc”. Para a educadora, o tema da virgindade, para o jovem, apresenta-se complexo. “Querer ser virgem e sofrer pressão social para não o ser; ou querer ter vida sexual e não fazê-lo por sofrer pressão familiar ou religiosa é conflituoso do mesmo jeito”, exemplifica.

Mariana, jovem frequentadora de uma igreja presbiteriana em São Paulo, é um exemplo desse conflito. Tanto, que pediu À reportagem para ter seu nome trocado. “Antes de convertida, sentia-me pressionada a perder a virgindade. Entre os 16 e 17 anos, a maioria de minhas colegas estavam começando sua vida sexual e eu não queria ser diferente”, lembra. Ela conta ter tido sua primeira experiência sexual naquela época, com um namorado que tinha 21 anos. “Passou o tempo e o namoro acabou. Fiquei machucada, mas depois de um tempo comecei a namorar novamente”, conta. Mariana também relata que a prática sexual já se tornara frequente e comum em sua vida. “Contava minhas aventuras às amigas e me gabava disso, mas no fundo já começava a sentir um vazio, uma desvalorização.”

Hoje, com 24 anos e convertida ao Evangelho há dois, Mariana tem uma visão diferente de sua sexualidade. “Se eu pudesse voltar no tempo, ainda seria virgem”, afirma. O problema enfrentado agora é a vergonha de assumir isso para as amigas da igreja. “Prefiro não falar sobre o assunto, tenho medo do que vão pensar”, admite a jovem. “O que importa é que minha vida é outra – nasci de novo e enterrei meu passado. Deus sabe que agora busco viver em santidade e guardar o corpo que ele me deu para o dia em que me casar, apenas para meu marido”, completa.

Anvisa suspende fabricação e uso de medicamentos

A agência também determinou a interdição cautelar do lote 09277 do medicamento Resodic 50 mg (Diclofenaco sódico), comprimido, fabricado pela empresa Laboratório Farmacêutico Vitamed Ltda.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, distribuição, comércio e uso, em todo o território nacional, do lote ABR10 do medicamento Bisolvon Xarope Pediátrico, fabricado pela Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda., com sede em São Paulo.

A agência também determinou a interdição cautelar do lote 09277 do medicamento Resodic 50 mg (Diclofenaco sódico), comprimido, fabricado pela empresa Laboratório Farmacêutico Vitamed Ltda, com sede em Caxias do Sul, Rio de Janeiro, medida que tem prazo de 90 dias, contados a partir da última sexta-feira (10).

Todos os produtos sob vigilância sanitária fabricados e distribuídos pela empresa Fysioterm Equipamentos Eletrônicos Ltda., com sede em Cambe, Paraná, também estão com fabricação, distribuição, comércio e uso suspensos em função de a empresa não possuir autorização de funcionamento e seus produtos não possuírem registro junto à Anvisa. As informações são da Agecom.

Hebe anuncia saída do SBT, confirma empresário da apresentadora

Ela fez anúncio durante gravação de programa, nesta segunda-feira (13).
Artista trabalhou na emissora de Silvio Santos nos últimos 25 anos.


A apresentadora Hebe Camargo não é mais funcionária do SBT. A "primeira dama da TV brasileira" fez o anúncio de sua saída do canal no final da tarde desta segunda-feira (13), ao ler uma carta para a plateia que acompanhava a gravação do último programa do ano, previsto para ir ao ar no dia 27 de dezembro.

Segundo Claudio Pessutti, sobrinho e empresário de Hebe, a notícia foi comunicada à equipe técnica antes da gravação do programa, que acabou às 16h30. Ao término dele, Hebe leu uma carta de próprio punho, o que pegou de surpresa o público.

Pessutti não especificou ao G1 os motivos que levaram a apresentadora de 80 anos a sair do SBT, emissora em que trabalhou durante os últimos 25 anos. "Foi apenas o término de contrato", disse por telefone, negando também que ela já teria assinado com as emissoras Record ou Globo.

Na noite de hoje será realizado um jantar de fim de ano com a produção do programa, algo que já estava agendado.

Corte de salário
Segundo informações divulgadas por colunistas especializados na cobertura de TV , Hebe já teria adiantado nas últimas semanas que não renovaria o seu contrato por não concordar em ter o seu salário reduzido. O banco Panamericano, do grupo Silvio Santos, recentemente recebeu um aporte de R$ 2,5 bilhões para cobrir um rombo decorrente de "inconsistências contábeis".

A apresentadora também não estaria satisfeita com o horário que seu programa de entrevistas "Hebe" é exibido (às 20h das segundas-feiras, o que prejudicaria a "audiência nobre). No último domingo (11) ela foi homenageada por Fausto Silva no "Domingão do Faustão" e brincou que gostaria de trabalhar na TV Globo. "Me chama que eu vou", declarou.

Hebe ficou fora do ar durante quatro meses neste ano para se recuperar de um câncer primário no peritônio (membrana que cobre os órgãos do aparelho digestivo). Seu retorno à TV, em um programa especial em março, contou com a participação de artistas como Xuxa, Ana Maria Braga e o cantor Leonardo.