O Salmo 23 tem sido ao longo dos tempos uma das passagens mais lidas e comentadas da Bíblia. Muitas pessoas...
O Salmo 23 tem sido ao longo dos tempos uma das passagens mais lidas e comentadas da Bíblia. Muitas pessoas encontraram nele refúgio, abrigo e força para ir adiante. Este salmo é popularmente conhecido como “Salmo do Bom Pastor”, pois de fato nele Davi fez questão de expor de maneira clara e objetiva o cuidado que o Bom Pastor tem com as suas ovelhas.
Cada versículo deste Salmo é recheado de grandes preciosidades que devem ser apreciadas com calma, assim como se aprecia uma excelente refeição ou uma maravilhosa sobremesa. Em especial a parte “B” do versículo 2, chama-nos a atenção quando diz: “Guia-me mansamente a águas tranqüilas”. Onde os seguintes ensinamentos podem ser extraídos:
1-) “Guia-me”:
Expressa uma certeza do salmista, que o Senhor, o Bom Pastor guia, dirige e conduz a sua vida. Isso é fantástico, pois os seres humanos falham (às vezes falham muito), falham em diversas áreas prejudicando a si mesmos e os que os cercam. Conclui-se a incapacidade e a inaptidão que os seres-humanos tem de administrar sua própria vida. Contudo a confiança para tal administração pode ser depositada no Bom Pastor para guiar, administrar e gerir a existência humana. Com Ele no barco não há naufrágios, existem tempestades, mas não naufrágios…
2-) “mansamente”:
Ele não excede os limites de velocidade do Caminho, nisto existe segurança. As pessoas são aceleradas e querem tudo para ontem… Lhe apraz conduzir mansamente, devagar, e enquanto conduz mansamente ensina, explica suas particularidades, trabalha em aspectos individuais que estão nos recônditos do coração e da alma. Mansamente, pois Ele vê o todo – passado, presente e futuro – as pessoas vêem o imediato, querem soluções rápidas e mágicas, assim se acidentam, o melhor é a condução mansa do Bom Pastor.
3-) “a águas tranqüilas”:
O destino alcançado com esta mansa condução excede as expectativas humanas – águas tranqüilas. Em pensar que no ambiente árido e desértico, cheio de intempéries como a vida é – em especial nos dias modernos que cheio de egoísmo e de egoístas – encontrar um ambiente tranqüilo é um grande sonho. Diariamente pessoas são levadas mansamente a este lugar. Talvez você pergunte, onde é este lugar? Como reconhecê-lo? Não se trata de um local geográfico, com latitude e longitude, com endereço, com CEP… É um ambiente alcançado pela fé, no Bom Pastor, que pode manifestar-se até mesmo numa fornalha ardente, ou numa cova com leões, ou no caminho rumo ao calvário, inclusive no apedrejamento. É a encarnação do Evangelho, do Verbo na vida do individuo que modifica os ambientes, apesar dos ambientes.
Queira você ser guiado e conduzido mansamente pelo Bom Pastor às águas tranqüilas, águas de vida, águas de refrigério. Aceite o tempo levado para esta condução, desfrute dos aspectos mais particulares e peculiares desta mansa condução… você não precisa esbravejar com Motorista para ele ir mais rápido, a velocidade mansa que Ele tem mantido respeita sua vida e sua existência. Esta é a velocidade ideal que não irá lhe ferir, pelo contrário promoverá cura em seu ser e o fará forte, como forte Ele espera que você seja, o Bom Pastor, Ele está contigo.
por Rodrigo Diego da Silva (@simmlev)
sábado, 16 de julho de 2011
São Luís atinge meta e reduz analfabetismo 4 anos antes do prazo
Capital de um dos Estados com mais analfabetos do País, cidade avança com ajuda de indivíduos, comunidades e empresas
Apesar de estar em um dos Estados com um dos piores índices educacionais do Brasil, a capital do Maranhão, São Luís, conseguiu atingir com quatro anos de antecedência as metas brasileiras estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) de combate ao analfabetismo. Hoje, o percentual de pessoas que não sabem ler nem escrever em São Luís é de 4,5% da população com mais de 10 anos de idade - um dos menores do País.
No Maranhão, o percentual de pessoas que não sabem ler nem escrever chega a 19,31%. Esse é o quarto maior percentual de todo o Brasil, melhor apenas que o dos Estados de Alagoas, com 22,52%, Piauí (21,14%) e Paraíba (20,20%). A taxa de analfabetismo no Brasil está na casa dos 9%.
Na capital maranhense, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que de 862 mil pessoas com mais de dez anos de idade, apenas 39 mil são consideradas analfabetas. Entre 2000 e 2010, a taxa de analfabetismo na capital maranhense sofreu uma redução de 36%. Em 2000, 7,3% da população local não sabia nem ler nem escrever. A redução em São Luís no período foi maior que a média nacional. Em dez anos, o percentual de pessoas que não sabiam ler nem escrever sofreu uma redução da ordem de 30% em todo o Brasil.
“ Você tem todo um cenário de superação. Desde o trabalhador da base, o pedreiro que quer aprender a ler para ganhar um pouco mais e tentar sair dessa base até mesmo políticas públicas voltadas exclusivamente para a educação”, diz especialista
Especialistas afirmam que essa redução do analfabetismo em São Luís é fruto de uma junção de fatores. Um deles, nos últimos anos houve uma melhoria do nível de renda na capital maranhense - o que obrigou analfabetos a melhorar seu nível educacional para conseguir melhores trabalhos, que passaram a existir. Um segundo aspecto: a expansão universitária em todo o Estado propiciou uma melhor qualificação dos docentes. Os próprios professores que atuavam na capital e que tinham apenas o ensino médio receberam oportunidades para voltar à sala de aula e concluir o ensino superior.
Um terceiro aspecto citado por especialistas e que contribuiu para a redução drástica das taxas de analfabetismo em São Luís está ligado às iniciativas de comunidades e empresas privadas voltadas exclusivamente para o combate ao analfabetismo na capital maranhense. “Você tem todo um cenário de superação. Desde o trabalhador da base, o pedreiro que quer aprender a ler para ganhar um pouco mais e tentar sair dessa base até mesmo políticas públicas voltadas exclusivamente para a educação”, pontuou a professora Maria da Penha Teófilo, do curso de Educação 1 da Universidade Federal do Maranhão.
O marceneiro Stenio Sousa dos Santos, 41 anos, é um exemplo destas pessoas que voltaram para a escola com o objetivo de ter uma vida um pouco melhor. Nascido em Guimarães, cidade distante 439 quilômetros de São Luís, ele largou os estudos quando tinha 9 anos de idade, logo após a avó morrer. Sem renda em casa, Stenio foi obrigado a trabalhar desde cedo para garantir sua sobrevivência.
Trinta anos após largar os estudos e agora com dois filhos (um de 8 anos e outro de 12 anos), Stenio retomou a vida escolar. “Voltei a estudar porque estava ficando fora do mercado de trabalho”, disse o marceneiro. O próprio Stenio se toma como exemplo frente a seus filhos. “Eu brigo é muito com eles quando eles não querem ir para o colégio. Na minha idade, era para eu estar estudando em uma faculdade”, afirma. O marceneiro está cursando a 5ª e 6ª séries do ensino Fundamental em uma turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Entre os programas locais que ajudaram nessa queda do analfabetismo em São Luís está o Vale Alfabetizar, uma parceria entre a Fundação Vale e a Alfasol (Alfabetização Solidária). Em 10 anos, 3.498 jovens e adultos concluíram o curso inicial do programa. A professora Carla Dias, de 27 anos, utilizou o teatro como forma de alfabetizar pessoas que participaram do programa. “A arte tem várias formas de se trabalhar. Utilizava o método Paulo Freire, usava a realidade deles, transformava em teatro e aplicava muitos jogos em sala de aula. Eles se divertiam e aprendiam. Eu fiquei impressionada com eles”, apontou a professora.
Apesar do bom exemplo de São Luís, ainda existem cidades maranhenses com grande número de analfabetos. Em Belágua, cidade criada em 1994, distante 112 km da capital, um terço da população com mais de 10 anos de idade não sabe ler nem escrever.
Wilson Lima, iG Maranhão
Apesar de estar em um dos Estados com um dos piores índices educacionais do Brasil, a capital do Maranhão, São Luís, conseguiu atingir com quatro anos de antecedência as metas brasileiras estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) de combate ao analfabetismo. Hoje, o percentual de pessoas que não sabem ler nem escrever em São Luís é de 4,5% da população com mais de 10 anos de idade - um dos menores do País.
A professora Carla Dias, 27 anos, e o aluno Stenio Sousa dos Santos, 41 anos: ele queria arrumar um emprego, ela o ensinou a ler e a escrever |
Na capital maranhense, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que de 862 mil pessoas com mais de dez anos de idade, apenas 39 mil são consideradas analfabetas. Entre 2000 e 2010, a taxa de analfabetismo na capital maranhense sofreu uma redução de 36%. Em 2000, 7,3% da população local não sabia nem ler nem escrever. A redução em São Luís no período foi maior que a média nacional. Em dez anos, o percentual de pessoas que não sabiam ler nem escrever sofreu uma redução da ordem de 30% em todo o Brasil.
“ Você tem todo um cenário de superação. Desde o trabalhador da base, o pedreiro que quer aprender a ler para ganhar um pouco mais e tentar sair dessa base até mesmo políticas públicas voltadas exclusivamente para a educação”, diz especialista
Especialistas afirmam que essa redução do analfabetismo em São Luís é fruto de uma junção de fatores. Um deles, nos últimos anos houve uma melhoria do nível de renda na capital maranhense - o que obrigou analfabetos a melhorar seu nível educacional para conseguir melhores trabalhos, que passaram a existir. Um segundo aspecto: a expansão universitária em todo o Estado propiciou uma melhor qualificação dos docentes. Os próprios professores que atuavam na capital e que tinham apenas o ensino médio receberam oportunidades para voltar à sala de aula e concluir o ensino superior.
Um terceiro aspecto citado por especialistas e que contribuiu para a redução drástica das taxas de analfabetismo em São Luís está ligado às iniciativas de comunidades e empresas privadas voltadas exclusivamente para o combate ao analfabetismo na capital maranhense. “Você tem todo um cenário de superação. Desde o trabalhador da base, o pedreiro que quer aprender a ler para ganhar um pouco mais e tentar sair dessa base até mesmo políticas públicas voltadas exclusivamente para a educação”, pontuou a professora Maria da Penha Teófilo, do curso de Educação 1 da Universidade Federal do Maranhão.
O marceneiro Stenio Sousa dos Santos, 41 anos, é um exemplo destas pessoas que voltaram para a escola com o objetivo de ter uma vida um pouco melhor. Nascido em Guimarães, cidade distante 439 quilômetros de São Luís, ele largou os estudos quando tinha 9 anos de idade, logo após a avó morrer. Sem renda em casa, Stenio foi obrigado a trabalhar desde cedo para garantir sua sobrevivência.
Trinta anos após largar os estudos e agora com dois filhos (um de 8 anos e outro de 12 anos), Stenio retomou a vida escolar. “Voltei a estudar porque estava ficando fora do mercado de trabalho”, disse o marceneiro. O próprio Stenio se toma como exemplo frente a seus filhos. “Eu brigo é muito com eles quando eles não querem ir para o colégio. Na minha idade, era para eu estar estudando em uma faculdade”, afirma. O marceneiro está cursando a 5ª e 6ª séries do ensino Fundamental em uma turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Entre os programas locais que ajudaram nessa queda do analfabetismo em São Luís está o Vale Alfabetizar, uma parceria entre a Fundação Vale e a Alfasol (Alfabetização Solidária). Em 10 anos, 3.498 jovens e adultos concluíram o curso inicial do programa. A professora Carla Dias, de 27 anos, utilizou o teatro como forma de alfabetizar pessoas que participaram do programa. “A arte tem várias formas de se trabalhar. Utilizava o método Paulo Freire, usava a realidade deles, transformava em teatro e aplicava muitos jogos em sala de aula. Eles se divertiam e aprendiam. Eu fiquei impressionada com eles”, apontou a professora.
Apesar do bom exemplo de São Luís, ainda existem cidades maranhenses com grande número de analfabetos. Em Belágua, cidade criada em 1994, distante 112 km da capital, um terço da população com mais de 10 anos de idade não sabe ler nem escrever.
Wilson Lima, iG Maranhão
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