terça-feira, 9 de agosto de 2011

Tinga é vítima da gula de Zé Neto por cargos


O apetite do deputado Zé Neto (Foto) quando o assunto é cargo público parece ser insaciável. Que o diga o produtor de shows gospel Valdison Rocha, o Tinga. Recém-nomeado coordenador do setor de Habilitação da 3ª Ciretran, em Feira de Santana, Tinga perdeu o cargo para o antigo diretor, sargento PM Amarildo Novaes. Na verdade, Tinga também foi vítima de uma quebra de braço de bastidores entre os deputados Sérgio Carneiro - responsável pela nomeação do produtor, e o próprio deputado Zé Neto. Mesmo passando apenas poucos dias à frente do cargo, Tinga afirmou que tem provas da existência de um esquema de corrupção que aprova candidatos a condutor, sem que esses passem pelas provas práticas de rua. “Vou levar todo o material que consegui recolher para o Ministério Público”, disse Tinga. E mais grave ainda é que ele atribui essas irregularidades às pessoas “que queriam me ver fora da chefia”. Como o deputado Zé Neto é o queridinho do governador Wagner para ser o candidato do PT a prefeito de Feira de Santana em 2012, é bom que o estabanado parlamentar se esforce para acabar com o tal esquema corrupto na Ciretran – se é que existe. Afinal de contas, como ele bem disse na rádio, o manda-chuva é ele. Pra quem passou boa parte de sua vida gritando e esbravejando contra o empreguismo político, Zé Neto está se saindo um verdadeiro mestre no ofício.


Fonte.Augusto Ferreira - 9.8.2011 | 10h14m

Colbert foi detido para evitar eliminação de provas, diz delegado da PF

Segundo o delegado, o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, foi preso preventivamente, ou seja, para evitar a eliminação de provas e com prazo maior de detenção

Foto: Reprodução
Colbert Martins
 O secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, está entre 38 presos na Operação Voucher da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã desta terça-feira (9). Também foram presos um ex-presidente da Embratur, além de empresários, diretores do ministério e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, que tem o cargo mais importante da pasta depois do ministro.

O diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, disse que 33 pessoas foram presas e R$ 610 mil foram apreendidos na Operação Voucher, deflagrada nesta terça-feira e que investiga desvios de dinheiro no Ministério do Turismo.

Segundo o delegado, o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, o ex-secretário-executivo, Mário Moysés, e o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, foram presos preventivamente, ou seja, para evitar a eliminação de provas e com prazo maior de detenção.
Para que a Justiça decrete a prisão preventiva, as provas têm que ser mais robustas do que as prisões temporárias", disse o delegado. Por determinação da Justiça Federal, todos que foram presos preventivamente serão encaminhados a Macapá, onde a investigação está centralizada.

A produção do Acorda Cidade tentou contato com Colbert Martins, mas não obteve êxito. O irmão de Colbert, Evaldo Martins, informou que ele foi preso em São Paulo e está sendo encaminhado para o Macapá, para prestar esclarecimentos. Evaldo disse que "ele está tranquilo, pois sabe da sua inocência". Segundo Hozana Leite, assessor do ex-deputado, "o processo é de 2009 e a investigação já vem em andamento há muito tempo. Como Colbert liberou uma parcela do projeto investigado, também foi detido. O que não significa que ele tenha culpa, pois o processo já estava em andamento quando ele assumiu o cargo".

A investigação
A investigação da PF começou em abril deste ano. No total, a Justiça expediu 38 mandados de prisão --19 temporárias e 19 preventivas--, mas 33 foram detidos por enquanto. Em Brasília, dez pessoas foram presas preventivamente, enquanto sete estão detidos temporariamente e deverão ser soltos após prestarem depoimentos.

De acordo com a investigação --que deve ser finalizada entre duas semanas e um mês-- o convênio suspeito totaliza R$ 4,45 milhões do ministério, em convênio com o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável), no Amapá.

"O dinheiro era repassado pelo ministério ao Ibrasi, que usava empresas do grupo ou fictícias. A partir desse repasses, os treinamentos não eram executados", disse o delegado. Os policiais suspeitam que pelo menos dois terços deste valor foi desviado. O Ministério do Turismo fez o convênio com dinheiro originado de emenda parlamentar. Segundo o delegado, contudo, não há indícios, "até o momento", de participação de deputados no esquema.

Na casa do diretor do Ibrasi, em São Paulo, foram apreendidos R$ 610 mil _ um dos objetivos da operação era justamente buscar dinheiro vivo. A PF, contudo, disse que não informará nomes dos envolvidos nem especificar a conduta de cada um. De acordo com o delegado Paulo de Tarso Teixeira, as oitivas que serão realizadas servirá para esclarecer a participação dos envolvidos no esquema. Com informações da Folha

Tinga sai revoltado e denuncia supostas irregularidades na 3ª Ciretran

Valdilson disse que Novaes é omisso e não cuida da Ciretran como deveria. Zé Neto defendeu Novaes dizendo que 'não tem nada que desabone Novaes, ele trabalhou quatro anos, não um mês', concluiu

Foto: Roberta Costa
Valdilson da Silva Rocha
Após quatro anos de serviços prestados à 3ª Circusncrição Regional de Trânsito (Ciretran), de Feira de Santana, o sargento da Polícia Militar, Amarildo Araújo de Novaes, foi exonerado do órgão no dia 02 de julho de 2011. O cargo foi assumido por Valdilson da Silva Rocha, conhecido como Tinga, que permaneceu por apenas 38 dias na Coordenação de Habilitação e 'devolveu' o cargo para Novaes.

Esse fato causou a indignação de Tinga. Na manhã de segunda-feira (8), ele disse ao Acorda Cidade que o deputado estadual Zé Neto o tirou do cargo por perseguição política. "Foi feito um acordo, mas Zé Neto descumpriu e tomou essa decisão de forma arbitrária. Ele é um ditador e quer todos os cargos de Feira para ele", informou.

Em resposta, Zé Neto disse que a recondução de Novaes ao cargo, foi para consertar um equívoco, pois “os membros da executiva do PT que trabalham na repartição solicitaram que ele continuasse na função. Eu não poderia ser injusto com Novaes, que já tem quatro anos no cargo e trabalha muito bem”.

Na manhã desta terça-feira (9), Tinga, fez novas provocações ao parlamentar. Ele disse que não pediu cargo a Zé Neto. “Nós fomos convidados a assumir o cargo”. Segundo Tinga, um acordo foi assinado por um assessor de Neto e “ele não respeitou, pois não respeita os companheiros”. Na oportunidade, ele disse que vai para


o lado do ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo que não quer mais cargo nenhum do governo.

Tinga acrescentou que, “a Ciretran tem muitas coisas erradas”. Ele citou o fato de uma mulher que não compareceu no dia da prova e foi aprovada. “Ela não assinou, está constando como faltosa”. Zé Neto respondeu que "se você quiser fazer denúncia faça, você jamais vai ouvir de mim para não fazer o que deve ser feito. Mas, isso deveria ser feito internamente para que o outro tenha direito de se manifestar”.

Valdilson disse que Novaes é omisso e não cuida da Ciretran como deveria. Zé Neto defendeu

Novaes dizendo que “não tem nada que desabone Novaes, ele trabalhou quatro anos, não um mês”, concluiu.

O sargento Novaes entrou em contato com o Acorda Cidade, e falou que a sua recondução para o cargo se deu por motivos técnicos.

“Eu entendo o ressentimento de Tinga, pois eu fui escolhido pela executiva do partido, por critérios técnicos. Eu pauto a minha vida no trabalho, não tenho nada contra ele”. Sobre a denúncia de Tinga, ele disse que no dia do exame a senhora a que Tinga se referiu estava em Salvador fazendo outra prova e depois ela atestou a Ciretran a ausência e marcou para outro dia o teste”.

Seis presos em ação no Turismo podem ser soltos nesta terça, diz PF

38 pessoas, entre elas o secretário-executivo da pasta e o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, foram presas.

Foto: Reprodução
Colbert Martins
Seis pessoas presas pela Polícia Federal na Operação Voucher, que estão detidas na superintendência em Brasília, estão sendo ouvidas e podem ser liberadas ainda nesta terça-feira (9), de acordo com informações da assessoria de imprensa da PF.

A PF prendeu 38 pessoas nesta terça, entre elas o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, que tem o cargo mais importante da pasta depois do ministro, além do secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, que também é ex-deputado.

A PF não informou, porém, se eles estão entre as pessoas que podem ser liberadas. Os demais presos serão transferidos para o Amapá, estado que centraliza a Operação Voucher, que investiga convênio para qualificação de profissionais de turismo no Amapá. As informações são do G1.