sábado, 4 de fevereiro de 2012

Policial que cometer crime irá para presídios federais, diz ministro

O governador Jaques Wagner, que também participou da coletiva, junto ao general do Exército Gonçalves Dias e o secretário de Segurança Pública, acrescentou que não irá conceder anistia aos policiais que praticaram atos de vandalismo contra a sociedade ou depredação do patrimônio público.

Foto: Reprodução/TV Bahia

ministro da JustiçaJosé Eduardo Cardozoafirmou que  fez opedido de reserva de vagas em presídios de segurança máxima paraencaminharcaso seja necessárioos policiais militares que tenhamcometido algum tipo de crime durante a mobilização grevista que dura cinco dias na Bahia.
Durante coletiva à imprensarealizada na manhã deste sábado (4)ainda na Base Aéreaonde desembarcou, o ministro frisou a relaçãoque o governo federal mantém com as políticas de segurança estadual.
"A nossa compreensão é que o nome dessa polícia e das ações desegurança, o nome desse estado não pode atingido por um grupode pessoas que imagina que as suas reinvindicações corporativaspossam fazer valer qualquer tipo de açãopossam fazer valer aprática de crimes, abusos de todas as naturezasIsso é inaceitávelem um estado de direito", disseCardozo cita ainda que o governofederal oferece um "incondicional apoio na defesa da ordem e doestado de direito da Bahia".

Ele chegou em Salvador por volta das 10hacompanhado do chefedo Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e da secretária Nacional da Segurança Pública (Senasp), ReginaMiki.

ministro da Justiça comenta que a presidente Dilma autorizou a 'operação de lei e de ordem', prevista na legislação em vigor. "Issosignifica a possibilidade de além de mobilizarmos a Força Nacional, aPolícia Federal e as Forças Armadas, sob comando do Ministério daDefesatrazer para o estado da Bahia talvez o maior contingenteoperacional que se fez em operações dessa natureza. São mais detrês mil homens", relata.

ministro diztambémque a Polícia Federal  foi autorizada parainvestigar os crimes de modo complementar ao trabalhodesenvolvido pela polícia civil de âmbito estadual. "A Polícia Federal está orientada para que transgressões serem apuradas e punidascom o máximo de vigor. Eventuais depredações a equipamentosque estão nesse momento submetidos àoperação de lei e ordemqualifica-se como crime federal", acrescenta.

Até o momento, 12 mandados de prisão foram expedidos para pessoas distintas do movimento previsãooficial de que soldados federais sejam deslocados para Assembleia Legislativaonde acampam os grevistas,para cumprir mandados de reintegração de posse de viaturas da PM, expedidos pela Justiça na manhã destesábadoAté as 13huma viatura havia sido recolhida.
FotoEgi Santana/G1
governador Jaques Wagner, que também participou da coletivajunto ao general do Exército Gonçalves Dias e o secretário de Segurança Públicaacrescentou que não irá conceder anistia aos policiais que praticaram atosde vandalismo contra a sociedade ou depredação do patrimônio públicoEle ressalvou que irá enquadrar crimecomo crime, independente de serem policiais militares.

Questionado sobre o alto número de homicídiosque  somam 30 casos de sexta (3) para sábado (4), ogovernador diz que está sendo criada uma "guerra psicológica". De 0h de sexta até 6h de sábadoforam 29homicídiosporém um policial civil à paisana foi assassinado por volta das 10h durante tentativa de assalto.

O general Dias reafirma que a população deve ficar tranquila por conta do reforço militar. Segundo eletrês milhomens deve desembarcar em helicópteros das Forças Armadas, AeronáuticaMarinha e Força Nacional aolongo do dia. O ministro reiteirou que é o maior contigente deslocado para controlar situação de greve policialdos últimos anos.

greve de parte dos PMs foi decretada na noite de terça-feira (31) e, desde entãouma série de violência efurtos foram registrados na capital baiana. De acordo com o balanço registrado no site da Secretaria deSegurança Pública da Bahia (SSP-BA),  na sexta-feira (6) foram registrados 28 homicídiosalém de deztentativas de homicídios.

Secretaria de Segurança Pública estima que 1/3 do efetivo total, de 31 mil, esteja paradoOs policiais grevistassão vinculados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), que organiza a mobilização, edesobedecem ordem judicial que determina retomada às atividades.
As informações são do G1