Paleontólogos reabilitaram imagem de predador do famoso dinossauro
Até agora, o T-Rex era visto como um comedor de
carniça, mas cientistas reabilitaram sua fama de mau
Paleontólogos voltaram atrás nesta terça-feira (25) em um acalorado debate sobre a natureza do Tiranossauro Rex (ou T-Rex, como também é conhecido), que de temido predador foi transformado em um comedor de carniça, reabilitando a imagem do famoso caçador da pré-história.
Por mais de um século depois de sua descoberta, muitos cientistas têm descrito rotineiramente o T-Rex como o rei das máquinas mortíferas, com seis toneladas de dentes, músculos e força, projetado para derrubar e destroçar dinossauros muitas vezes maiores do que ele.
Mas ao longo da última década, uma nova escola pintou um novo retrato, menos elogioso, da espécie. Segundo essa teoria, o T-Rex seria apenas um lagarto oportunista, atrapalhado e lento demais para conseguir caçar sozinho. Por esse motivo, ele simplesmente roubaria a refeição depois que predadores mais astutos tivessem feito o trabalho sujo. Em outras palavras, seria mais como uma hiena do que como um leão.
Polêmica começou em 2003
O primeiro ataque às credenciais predatórias do dinossauro carnívoro veio à tona em 2003, quando o especialista americano Jack Horner concluiu que os braços sem garras do T-Rex, os olhos pequenos e as patas pouco ágeis demonstrariam que ele seria "100% carniceiro".
Em 2007, o cientista John Hutchinson da Escola Real de Veterinária, da Grã-Bretanha, desferiu outro golpe na reputação do tiranossauro, ao demostrar que o "desajeitado" dinossauro precisaria de mais de dois segundos para dar uma volta de 45 graus, facilitando a fuga da presa.
Estudo mostra que dino tinha características de caçador
Mas um novo estudo, publicado na revista Royal Society B: Biological Sciences, pode reequilibrar a balança a favor do famoso dinossauro. O cientista Chris Carbone, da Sociedade Zoológica de Londres, e seus colegas dizem que alguns dos traços analisados que levantaram dúvidas sobre a perícia predatória do tiranossauro estão cheios de ambiguidades.
Segundo eles, o olfato apurado, presumido pelos bulbos olfativos aumentados, que é um traço comum entre carniceiros, como os urubus, também pode ajudar um caçador. Eles argumentam também que os olhos do dinossauro não são tão pequenos quanto se pensa e sua visão binocular, juntamente com sua mordida esmagadora e dentes resistentes a impactos, seriam bem adaptados para a caça.
Mas o argumento mais convincente de Carbone não tem nada a ver com os traços físicos do terópode gigante.
"Fizemos uma abordagem ambiental, estabelecendo uma lista completa de todas as espécies na área", explicou o cientista por telefone. "O que é novo é que tiramos conclusões sobre a abundância a partir do tamanho dos animais" no Cretáceo tardio, afirmou, em alusão ao período compreendido entre 85 e 65 milhões de anos atrás, quando o T-Rex reinou absoluto.
Com base em registros fósseis e estudos da distribuição da fauna nas planícies do Serengeti, no leste da África, hoje, Carbone calculou que o ecossistema na época teria sido enormemente habitado por dinossauros menores.
Entre os carnívoros, 80% pesariam cerca de 20 kg, e o T-Rex responderia por 0,1% da população. Entre os herbívoros, geralmente mais pesados, cerca da metade pesava cerca de 75 kg.
Chances de T-Rex se alimentar de carniça são quase nulas
Os cientistas calcularam o perímetro onde o T-Rex poderia se deslocar diariamente, quantos dinossauros mortos de tamanhos diferentes encontraram pelo caminho e outro tipo de alimento que pudesse ser detectado.
"Em vista da distribuição de carcaças e da competição potencial com outros dinossauros carnívoros, é extremamente improvável que um Tiranossauro Rex adulto pudesse se alimentar no longo prazo de carniça como estratégia de alimentação sustentável", concluiu o estudo.
Segundo Carbone, cães selvagens e hienas - similares em tamanho e relativamente abundantes tanto quanto dinossauros menores do Cretáceo tardio - "são capazes de reduzir uma carcaça de 70 kg a pedaços de pele e ossos rapidamente, certamente em menos de uma hora".
De acordo com o cientista, um carniceiro lento teria um desempenho muito pior e sofreria as consequências disso.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Brasileiro é cônjuge de primeira união civil gay reconhecida na Irlanda
Administrador Adriano Vilar casou com irlandês na vizinha Irlanda do Norte.
Com nova lei, união passou a ser reconhecida na Irlanda em 1 ºde janeiro.
Há mais de dois anos na Irlanda, o administrador de empresas brasileiro Adriano Vilar ficou surpreso ao saber, em 13 de janeiro, que ele e o marido, o irlandês Glenn Cunningham, eram o primeiro casal gay a ter seus direitos reconhecidos pelo país.
Casados desde o ano passado na vizinha Irlanda do Norte, os dois foram ao Serviço de Imigração e Naturalização da Irlanda para tentar trocar o visto de estudante de Vilar por um de residente. Coincidentemente, era o primeiro dia em que casais gays poderiam oficializar suas uniões.
“Quando chegamos, os funcionários não sabiam o que fazer. Chamaram outro funcionário, que disse: 'Parabéns, vocês são o primeiro casal do mesmo sexo a nos procurar!' Foi uma surpresa”, contou o brasileiro por telefone ao G1, de Dublin. O caso foi noticiado por jornais locais, como o "Irish Times".
Foto do casamento de Glenn Cunningham e Adriano Vilar.
Ratificada em julho de 2010 pela presidente irlandesa, Mary McAleese, a nova lei de Relações Civis, que entrou em vigor no dia 1º, concede pela primeira vez no país o reconhecimento legal de fato aos casais de mesmo sexo.
Até então, muitos casais homossexuais recorriam à Irlanda do Norte, que pertence ao Reino Unido, para oficializarem suas uniões.
Foi o caso de Adriano e Glenn, que se casaram em 13 de agosto de 2010 no país vizinho. Juntos desde 2008, os dois se conheceram quanto Adriano chegou à Irlanda para estudar inglês.
“Vim com coração partido, tinha acabado um relacionamento de seis anos”, conta Adriano, que trabalha na mesma empresa que o marido.
Com a oficialização da união civil no país, os casais do mesmo sexo passam a ter os mesmo direitos de casais heterossexuais, em questões de propriedade imobiliária, bem-estar social, direitos de sucessão, previdência e impostos.
“Tenho toda liberdade que um irlandês tem. Inclusive posso trabalhar na minha área, já que sou formado em administração com ênfase em comercio exterior”, comemora Adriano.
No Brasil, cuja lei não reconhece casais do mesmo sexo, a união não teria efeito legal. “Nossa meta é morar em definitivo aqui. Não temos previsão de morar no Brasil, até porque meu marido tem uma filha de 5 anos. “
Símbolo destas novas uniões, a filha de Glenn Cunningham é fruto de uma inseminação artificial feita por ele e uma amiga lésbica, que tinha o desejo de ser mãe.
Com nova lei, união passou a ser reconhecida na Irlanda em 1 ºde janeiro.
Há mais de dois anos na Irlanda, o administrador de empresas brasileiro Adriano Vilar ficou surpreso ao saber, em 13 de janeiro, que ele e o marido, o irlandês Glenn Cunningham, eram o primeiro casal gay a ter seus direitos reconhecidos pelo país.
Casados desde o ano passado na vizinha Irlanda do Norte, os dois foram ao Serviço de Imigração e Naturalização da Irlanda para tentar trocar o visto de estudante de Vilar por um de residente. Coincidentemente, era o primeiro dia em que casais gays poderiam oficializar suas uniões.
“Quando chegamos, os funcionários não sabiam o que fazer. Chamaram outro funcionário, que disse: 'Parabéns, vocês são o primeiro casal do mesmo sexo a nos procurar!' Foi uma surpresa”, contou o brasileiro por telefone ao G1, de Dublin. O caso foi noticiado por jornais locais, como o "Irish Times".
Foto do casamento de Glenn Cunningham e Adriano Vilar.
Ratificada em julho de 2010 pela presidente irlandesa, Mary McAleese, a nova lei de Relações Civis, que entrou em vigor no dia 1º, concede pela primeira vez no país o reconhecimento legal de fato aos casais de mesmo sexo.
Até então, muitos casais homossexuais recorriam à Irlanda do Norte, que pertence ao Reino Unido, para oficializarem suas uniões.
Foi o caso de Adriano e Glenn, que se casaram em 13 de agosto de 2010 no país vizinho. Juntos desde 2008, os dois se conheceram quanto Adriano chegou à Irlanda para estudar inglês.
“Vim com coração partido, tinha acabado um relacionamento de seis anos”, conta Adriano, que trabalha na mesma empresa que o marido.
Com a oficialização da união civil no país, os casais do mesmo sexo passam a ter os mesmo direitos de casais heterossexuais, em questões de propriedade imobiliária, bem-estar social, direitos de sucessão, previdência e impostos.
“Tenho toda liberdade que um irlandês tem. Inclusive posso trabalhar na minha área, já que sou formado em administração com ênfase em comercio exterior”, comemora Adriano.
No Brasil, cuja lei não reconhece casais do mesmo sexo, a união não teria efeito legal. “Nossa meta é morar em definitivo aqui. Não temos previsão de morar no Brasil, até porque meu marido tem uma filha de 5 anos. “
Símbolo destas novas uniões, a filha de Glenn Cunningham é fruto de uma inseminação artificial feita por ele e uma amiga lésbica, que tinha o desejo de ser mãe.
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