segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Defesa de Abdelmassih contesta ordem de prisão no Supremo

Mandado de prisão contra médico foi expedido na última semana. Foragido, Abdelmassih já tem sua foto no site da polícia paulista

Os advogados do médico Roger Abdelmassih, condenado em novembro do ano passado a 278 anos de cadeia por estupro e atentado violento ao pudor a pacientes, ajuizaram nesta segunda-feira um pedido de reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF). O recurso contesta o pedido de prisão preventiva da juíza da 16.ª Vara Criminal de São Paulo, Cristina Escher, uma vez que ela desrespeitou a liminar anteriormente concedida ao médico, segundo o advogado José Luís de Oliveira Lima. O médico é considerado foragido.


Foto do médico já está na lista de procurados da polícia de São Paulo

A petição de reclamação também é para que o especialista em reprodução humana volte a aguardar o julgamento em liberdade. O requerimento foi encaminhado para o presidente do Supremo, de acordo com Lima. A prisão preventiva foi decretada pela juíza Cristina Escher na semana passada em razão de o especialista em reprodução assistida ter pedido uma renovação do passaporte em dezembro, o que para o Ministério Público (MP) denotaria intenção de fuga.

Segundo o advogado do médico, Abdelmassih solicitou a renovação de seu passaporte, que iria vencer em maio, "mas não pretendia viajar, como interpretou o Ministério Público". "O requerimento do MP não encontra respaldo legal para o pedido. Qualquer cidadão nesta condição pode pleitear a renovação do passaporte desde que comunique a intenção da viagem ao juiz", explica Lima.

Segundo a Justiça, na maioria dos casos em que o réu aguarda o julgamento em liberdade ele tem a permissão de viajar, desde que comunique ao juiz que vai se ausentar do local onde está sendo julgado e desde que não haja impedimento legal, ou seja, que a Justiça não se oponha.

O advogado Lima não quis se pronunciar se seu cliente irá se entregar. Em 2009, o médico passou quatro meses na cadeia, mas recorria da condenação em liberdade, graças a um habeas corpus.

Livros de Paulo Coelho são banidos no Irã

Ministério da Cultura do país proibiu a publicação de qualquer livro do autor. Coelho colocará obras para download gratuito


Paulo Coelho: 6 milhões de livros vendidos no Irã

O escritor brasileiro de maior sucesso no mundo, Paulo Coelho, divulgou em seu blog que todos seus livros foram banidos no Irã. O Ministério da Cultura do país determinou, sem explicar o motivo, que nenhum livro que contenha o nome do autor pode ser publicado. Os livros de Paulo Coelho são publicados no Irã desde 1998, tendo vendido 6 milhões de cópias.

Coelho classificou o episódio como um "mal-entendido". "Meus livros foram publicados no Irã por 12 anos em diferentes governos. Uma decisão arbitrária só pode ser um mal-entendido", escreveu no blog. O autor espera que a questão seja solucionada ainda esta semana e disse contar com a ajuda da diplomacia brasileira. "Eu sinceramente espero que o Governo Brasileiro se pronuncie a respeito."

Este não foi o primeiro problema de Paulo Coelho no Irã. Em 2005, mil cópias de "O Zahir" foram confiscadas pela polícia e seu editor no país foi detido para interrogatório uma semana antes do lançamento do livro. "O Zahir", que trata de homossexualidade, havia sido aprovado pela censura do país.

Em resposta ao banimento, o autor vai colocar todos os livros para download gratuito na internet para o Irã enquanto a questão não for solucionada.

Membros do MST ocupam prefeituras de quatro cidades na Bahia

Grupo quer debater com governo problemas de educação em assentamentos.
Prefeituras de Prado, Mucuri, Itabela e Itamaraju foram ocupadas.

Integrantes do MST na prefeitura de Itabela

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam as prefeituras dos municípios de Prado, Mucuri, Itabela e Itamaraju, na Bahia, nesta segunda-feira (10). Cada grupo é formado por cerca de 400 pessoas, conforme explicou ao G1 Lucia Barbosa, membro da direção do MST no estado.

“Nosso objetivo é debater pontos relacionados com a educação em assentamentos no interior do estado. Queremos mais infraestrutura, construção de novas escolas, investimento na formação dos professores, melhorias no projeto pedagógico e participar do controle dos recursos destinados às escolas”, explicou Lucia.

De acordo com o MST, os grupos permanecerão nas prefeituras até que seja agendada uma reunião entre representantes do governo e do movimento