quinta-feira, 5 de maio de 2011

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Voo do primeiro norte-americano no espaço completa 50 anos

Missão de Alan Shepard durou apenas 15 minutos.
Astronauta atingiu 187 quilômetros de altitude máxima.


Alan Shepard dentro da cápsula Freedom 7, horas
antes de fazer o 1º voo de um norte-americano ao
espaço. (Foto: Nasa / AFP Photo)

Três semanas depois do voo histórico do soviético Yuri Gagarin, primeiro homem a ir ao espaço, Alan Shepard seguiu seus passos, há cinquenta anos, no dia 5 de maio de 1961, para se tornar o primeiro norte-americano a realizar uma viagem espacial.

Alan Shepard, piloto de testes da Aeronaval 37 anos, foi lançado a bordo da cápsula Freedom 7, durante a missão Mercury 3, por um foguete Redstone a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, na manhã de 5 de maio de 1961.

Seu voo suborbital sobre o Oceano Atlântico, a uma altitude máxima de 187 quilômetros, durou apenas 15 minutos, mas foi crucial para o programa espacial dos Estados Unidos, consideram os historiadores.

O lançamento do Freedom 7 com Alan Shepard estava inicialmente previsto para março de 1961, mas problemas técnicos causaram o adiamento.

"É interessante perguntar qual teria sido a direção do programa espacial norte-americano se Shepard tivesse ido ao espaço antes de Gagarin, porque o voo deste convenceu o presidente John Kennedy a entrar na corrida espacial", afirmou John Logsdon, ex-diretor do Space Policy Institute da Universidade George Washington.

Por outro lado, o presidente Kennedy temia um impacto negativo em caso de fracasso desse voo transmitido ao vivo pela televisão - menos de três semanas após o fiasco norte-americano do desembarque na Baía dos Porcos, em Cuba -, e tinha hesitado antes de autorizá-lo para 5 de maio, lembrou o historiador.

Além disso, o voo de Shepard ocorreu alguns dias antes de Kennedy aceitar a recomendação de lançar o programa Apollo, que tinha como objetivo levar um norte-americano à Lua antes do fim da década de 1960.

Segundo John Logsdon, "o êxito da missão de Shepard foi necessário para o lançamento do programa Apollo" porque, especula, um fracasso poderia dissuadir o presidente Kennedy a autorizar ou poderia pelo menos tê-lo atrasado.

"O voo de Shepard foi sem dúvida histórico", mesmo que não tenha sido muito comemorado, revelou Stephen Garber, historiador da Nasa.

Esse périplo de 15 minutos permitiu provar a viabilidade de alguns princípios fundamentais do voo espacial, o que abriu caminho para os programas Geminy e Apollo.

Foguete Redstone leva a cápsula Mercury ao espaço, com Alan Shepard dentro. (Foto: Nasa / AP Photo)

Gagarin entrou em órbita, completando uma volta da terra e voou no total 108 minutos, mas permaneceu passivo a bordo de seu voo sub-orbital. Já Shepard pilotou a cápsula e manteve contato por rádio com o centro de controle.

O primeiro astronauta norte-americano terminou a carreira como contra-almirante da Marinha americana, foi o quinto homem a chegar à Lua e o primeiro a jogar golfe durante a viagem da Apollo 14 (32 de janeiro a 9 de fevereiro de 1971), na terceira missão lunar. Ele morreu em julho de 1998, aos 74 anos, vítima de câncer.

Uma cerimônia para celebrar o 50º aniversário do primeiro norte-americano no espaço aconteceu na quarta-feira (4) na base aérea de Cabo Canaveral com o diretor da Nasa, Charles Bolden, na presença da família Shepard e de Scott Carpenter, um ex-astronauta do programa Mercury.

Os Correios norte-americanos lançarão dois novos selos dedicados ao primeiro voo de um americano no espaço.

Pastor quer tomar igreja e fiéis reagem

O templo é uma filial da Igreja Missionária Quadrangular


Os fiéis da igreja do Ministério Quadrangular, no bairro Sítio Matias, estão acampados no templo desde a última sexta-feira para impedir que o Pastor Pedro, líder de algumas igrejas quadrangulares da cidade, tome posse do templo que foi construído por eles. O terreno onde a edificação foi erguida está em nome da igreja matriz e o seu líder maior na cidade quer se apossar do prédio, mesmo sem ter contribuído para a construção do mesmo. Os fiéis, que se mobilizam com faixas e cartazes, dizem que só sairão do local quando a situação for resolvida.

O templo, que é uma filial da Igreja Missionária Quadrangular, foi construído com apoio da comunidade, que doou todo o material para que o prédio fosse erguido. O pastor Isídio, designado para atuar como líder local, colaborou diretamente na empreitada, mas foi afastado pelo líder geral sem maiores justificativas, fato que causou extrema revolta aos fiéis. Para eles, o pastor Pedro não tem o direito de interferir na ordem de uma igreja da qual ele não faz parte. “O fim dos tempos está realmente chegando. Desde quando um servo do Senhor tenta destruir um templo para fins lucrativos? Ele está mostrando a verdadeira face do demônio. Um homem que nunca se preocupou com os irmãos daqui, nem veio a uma festa de aniversário da igreja, aparece aqui do nada para tirar nossa paz”, denuncia a fiel Maria Aparecida Cardoso.
Ela diz ter o propósito é permanecer acampada lá até que o problema seja resolvido. “Quero deixar claro que não estamos utilizando arma alguma e que a arma que vai vencer o pastor Pedro é a oração. Não sairemos daqui até que o pastor Isídio, que é o verdadeiro pescador de almas dessa comunidade, voltar”, alerta.

POSSE
Segundo os fiéis, na última segunda-feira, acompanhado de outros pastores, Pedro esteve no templo para tomar posse, alegando que a igreja é sua. “Mas ele não é o pastor daqui. Fomos nós que lutamos para a construção dessa igreja. Cada bloco e todos os materiais usados para erguer esta igreja foram frutos do suor de cada irmão que está aqui e do apoio do pastor Isídio. A igreja não é dele (pastor Pedro), a igreja é de Jesus. Ele quer colocar seus pés aqui não é para resgatar almas, mas para encher ainda mais seu bolso de dinheiro. Ele nunca pagou uma conta de água daqui e agora aparece querendo tomar a igreja do povo e transferir o nosso pastor. Não vamos permitir que isso aconteça, porque cremos em um Deus justo”, diz a fiel Viviane Santos.
Paulo Sérgio, outro fiel da igreja alega que o líder fez várias acusações contra o pastor Isídio, mas que não conseguiu provar nada. “Ele quer tomar posse da igreja para colocar a mão no dinheiro da manutenção do prédio. Esse templo aqui é uma instituição do povo, dessa população. Essa igreja está aqui para resgatar ovelhas, não para servir de banco para os falsos profetas. O pastor Isídio está no hospital sendo medicado, por não aguentar a pressão do pastor Pedro, que nesse momento está se mostrando como realmente é e no que está interessado”, alerta o fiel.
A reportagem do FOLHA DO ESTADO foi à igreja sede para falar com o pastor Pedro, mas ele ao avistar a equipe foi embora sem dar satisfações.


Fonte: Folha do Estado

Cinco ministros do STF já votaram a favor da união homossexual

Relator e mais quatro ministros decidiram reconhecer direitos a casais gays.
Sessão foi interrompida para intervalo e será retomada em instantes.


Após o voto de cinco ministros, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou um intervalo, por volta das 16h30, no julgamento sobre o reconhecimento da união entre casais do mesmo sexo. Os cinco votaram a favor da união entre casais gays.

A análise de duas ações sobre o tema, propostas pela Procuradoria-Geral da República e pelo governo do estado do Rio de Janeiro, foi retomada nesta quinta-feira (5). O julgamento se iniciou nesta quarta (4) quando o relator dos processos, ministro Ayres Britto, votou a favor do reconhecimento da união estável entre casais do mesmo sexo.

A sessão foi retomada nesta quinta com o voto do ministro Luiz Fux, que acompanhou o relator. O próximo a votar será o ministro Gilmar Mendes. Caso ele também acompanhe o relator, já há maioria para o reconhecimento da união homossexual. No entanto, é preciso aguardar o fim do julgamento para o resultado oficial, uma vez que os ministros ainda podem alterar o voto.

Faltam ainda os votos de cinco ministros - o ministro Dias Toffoli se declarou impedido de votar porque, quando era advogado-geral da União, se manifestou publicamente sobre o tema.

Em sua argumentação, Fux afirmou que não há razões para impedir a união entre pessoas do mesmo sexo. Ele argumentou que a união estável foi criada para reconhecer “famílias espontâneas”, independente da necessidade de aprovação por um juiz ou padre.

“Onde há sociedade, há o direito. Se a sociedade evolui, o direito evolui. Os homoafetivos vieram aqui pleitear uma equiparação, que fossem reconhecidos à luz da comunhão que tem e acima de tudo porque querem erigir um projeto de vida. A Suprema Corte concederá aos homoafetivos mais que um projeto de vida, um projeto de felicidade”, afirmou Fux.

Relator
Até agora todos os ministros que se pronunciaram seguiram o voto do relator dos processos. Britto defendeu a união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar e condenou o preconceito contra os homossexuais. “O órgão sexual é um plus, um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um peso, em estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses”, disse Britto.

O ministro afirmou ainda que o sexo não pode ser usado como motivo para tornar pessoas desiguais perante o Estado. Para ele, a conduta dos casais homoafetivos não é ilegal e deve ser reconhecida pelo estado.

“Quem ganha com a equiparação postulada pelo homoafetivos? Os homoafetivos. Quem perde? Ninguém perde. Os homoafetivos não perdem, os heterossexuais não perdem, a sociedade não perde”, afirmou o relator.

Precedente
Caso o Supremo reconheça a união estável entre casais gays, a decisão criará um precedente a ser seguido por todas as instituições da administração pública, inclusive pelos cartórios de todo o Brasil. Direitos como herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária passariam a ser assegurados a casais de pessoas do mesmo sexo.

Pelo voto de Ayres Britto, a decisão do tribunal sobre o reconhecimento da relação entre pessoas do mesmo sexo pode viabilizar inclusive o casamento civil entre gays e a adoção, que são direitos garantidos a casais em união estável. Isso só acontecerá se o voto do relator for seguido pela maioria dos integrantes da Corte.

A diferença é que a união estável acontece sem formalidades, de forma natural, a partir da convivência do casal, e o casamento civil é um contrato jurídico formal estabelecido entre suas pessoas.