quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Alicia Keys e Kim Kardashian posam "mortas" em caixão para campanha contra AIDS

Alicia Keys e Kim Kardashian

Diversas celebridades aderiram o movimento que "matou" seus seus perfis nas redes sociais com a finalidade de promover o Dia Mundial de Luta contra a Aids, neste dia 1º de dezembro.

Alicia Keys e Kim Kardashian posaram "mortas" dentro de um caixão.

O intuito é fazer com que os fãs ajudem na campanha Digital Life Sacrifice da entidade Keep Child Alive. Os famosos só retornarão para a vida digital quando arrecadarem US$ 1 milhão para ser usado no combate à doença na África e na Índia.

Além da cantora e da socialite, também aderiram o movimento Justin Timberlake, Lady Gaga, Elijah Wood, Swizz Beatz, Ryan Seacrest, Kimberly Cole.

"É como se tivesse chumbo nos meus pés", diz ex-sambista com HIV

Soropositivos contam histórias de preconceito, medo e superação da vida com Aids


“Eu fiquei muito triste quando descobri. Se eu não tivesse a cabeça boa, acho que já tinha morrido”. Sandra, 41 anos, há pelo menos dois anos vivendo com o HIV

Ela é uma negra bonita, de corpo sem miséria ou exagero, pronto para o samba.

- Dizem que eu pareço a Sandra de Sá.

Pois então Sandra (nome fictício), que sempre teve bom humor, conta que já bebeu, já fumou e já dançou muito. Mas, por questão de saúde, teve de parar. O cigarro e o álcool não lhe fazem mais falta. A ginga, porém, é o que tira pedaço da mulher de 41 anos. O culpado está nos olhos amarelados, nas mãos e nos pés de cor mais escura, na anemia que emperra as duas pernas e nas contas de um vírus que abriu as portas para isso tudo: o HIV.

Há um ano e meio, Sandra enfrenta uma anemia megaloblástica. Há dois descobriu que é soropositiva. E há três – talvez quatro ou cinco – possui o vírus no organismo.

Quando uma pessoa se infecta, a Aids pode levar dez, quinze, vinte anos até se desenvolver. Talvez nunca se manifeste. No caso de Sandra, a doença começou a causar problemas há um ano, quando ela sofreu uma parada cardíaca.

- Não queria que a doença atrapalhasse meu rendimento no serviço. Só que comecei a passar mal. Não sei se é porque eu fumava ou porque passava muitas noites sem dormir [ela trabalhava como ajudante geral em um buffet].

Depois da parada cardíaca e da internação de 15 dias, Sandra deu início ao tratamento com os antirretrovirais, medicamentos que dificultam a multiplicação do vírus no organismo.

Mas a terapia causou deficiência de vitamina B12, desencadeando a anemia megaloblástica. É a chamada doença oportunista, que se aproveita da Aids para se instalar.

Além disso, Sandra enfrenta outro problema conhecido como cianose, que ocorre por falta de oxigenação no sangue, deixando-o mais azulado. É por isso que a extremidade de suas mãos e seus pés tem uma coloração mais escura. Isso tudo deixou Sandra com dificuldades para caminhar, em licença-saúde no trabalho e com dormência no samba. Ela diz que a doença mudou sua vida.

- Mudou porque eu gosto de dançar e eu não consigo dançar mais. Não consigo ficar solta e tenho dificuldades para respirar. É como se tivesse chumbo nos meus pés. Fica pesado.

Álvaro

Diferente de Sandra, Álvaro (nome fictício) já superou as doenças oportunistas: uma tuberculose e uma pneumonia.

- Quando procurei o médico eu estava morrendo.

Há dois anos, as duas doenças o fizeram emagrecer 14 kg e quase o mataram. Foi quando o homem de 38 anos descobriu que tinha o HIV.

Ele diz que se infectou quando se relacionou com “uma mulher de outra cidade”. O cálculo dele – e dos médicos – é de que esteja com o vírus há mais de quinze anos.

Nesse tempo, Álvaro foi casado por uma década e teve uma filha. Nenhuma das duas sabe da doença. Eles se separaram há quatro anos e ela se casou novamente. Ele não sabe se um dia vai revelar sua condição para a ex-esposa. Ao ser questionado sobre os motivos, Álvaro hesita e diz que está "tentando tocar a vida".

- É assim: eu sinto que ela poderia ter feito alguma coisa para salvar nosso casamento. E ela não fez absolutamente nada. Isso dificulta bastante.

O homem franzino e humilde deixou para trás uma pneumonia e uma tuberculose, conseguiu a liberação dos médicos para retomar o trabalho e agora planeja uma poupança para a filha. Apesar disso tudo, Álvaro não conseguiu se afastar do rancor, que se aproveita da angústia e do medo para se instalar.

- Quando estou perto de alguém espirrando, eu já fico resfriado. Se estou perto de alguém com mau cheiro na boca, pego inflamação na garganta. Hoje eu tenho muito medo das pessoas, medo de elas me transmitirem alguma coisa.

Se Sandra, por um lado, afirma não ter medo da reação das pessoas, Álvaro teme ficar isolado. Ele tem tanto medo de uma gripe corriqueira quanto de ser desprezado.

- Não contei pra ninguém porque não quero que fiquem com pena de mim, que me tratem com desprezo, que tenham medo de me machucar. Se eu conto para a minha mulher, tenho certeza que ela vai sair espalhando. E alguns vão se afastar. Esse é meu maior medo.

Desde que descobriu a doença, Álvaro foi morar em uma casa mais perto da família. Diz que aprendeu a gostar mais dos parentes e a não pensar só em si. Mas, para Álvaro, ficar junto é importante porque ele imagina que, em breve, já não vai mais estar.

- Eu acho que tenho pouco tempo de vida. Já vivi 17 anos com o vírus. Isso é muita coisa.

Com exceção de uma das irmãs, nenhum parente ou amigo conhece sua sorologia. Álvaro carrega o vírus quase sozinho.

- Eu preferi ficar um pouco à parte.

Sandra

Diferente de Álvaro, Sandra não se afastou, não escolheu ficar à parte. Ela desafia com molejo as fofocas dos curiosos que se aproximam para vasculhar a sua vida. Isso não é problema para ela.

Os três filhos do primeiro casamento sabem da doença. O pai, a irmã e os irmãos, além dos amigos mais próximos, também. Nem o que ela chama de “cisma” de um irmão desgoverna seu rumo. Apesar de sofrer preconceito dentro da família, ela não se importa.

- Enquanto eles falam, eu vou vivendo.

Há dois meses, as pernas de Sandra estavam “mais dormentes”. Hoje estão melhores. Ela se agarra nas histórias de pacientes que, em situação pior que a dela, em cadeira de rodas, voltaram a andar. É nisso que acredita.

Com a bengala e essa certeza na mão, Sandra recupera a alegria e faz até piada.

- Eu me sinto uma Dra. House [em referência ao seriado de TV Dr. House, cujo protagonista usa o acessório para caminhar].

Ela então solta a bengala e mostra que consegue andar. Um, dois, três passos. Firmes. Mas o pé pesa. Descarrila para a direita, para a esquerda. E volta a se apoiar.

- Mas eu tenho certeza que vou encostar essa bengala. Não é mesmo?

Ativistas bósnias chamam Angelina Jolie de 'ignorante'

Em carta à ONU, vítimas de violência sexual dizem que atriz ignorou suas preocupações em relação a filme sobre o assunto


Angelina Jolie. filma em Budapeste

Mulheres bósnias vítimas de violência sexual durante a guerra dos Bálcãs, nos anos 90, chamaram a atriz e diretora Angelina Jolie de "ignorante" e disseram que ela não merece ocupar a função de embaixadora da boa vontade das Nações Unidas.

Jolie começou a rodar seu primeiro filme como diretora em outubro, na Hungria. O longa-metragem conta a história de amor entre um guarda sérvio em um campo de detenção e sua ex-namorada, uma prisioneira muçulmana, durante a guerra civil.

Em uma carta endereçada à ONU, a Associação de Mulheres Vítimas da Guerra alega que Jolie ignorou suas preocupações sobre o roteiro do filme. "A atitude ignorante de Angelina Jolie em relação às vítimas diz o suficiente sobre o enredo e nos dá o direito de continuar tendo dúvidas a respeito dele."

A filmagem começou a causar polêmica na Bósnia depois que a imprensa local noticiou que havia cenas que mostravam uma mulher bósnia se apaixonando por um sérvio que a havia violentado.

"Nós insistimos em encontrar Angelina Jolie já que não queremos ser representadas de forma equivocada para o mundo...Nossas vozes merecem ser ouvidas e deveríamos ter sido tratadas com muito mais respeito. Angelina cometeu um erro grave. Acreditamos que ela não agiu como uma verdadeira embaixadora da ONU e que ela não tem credibilidade para continuar como embaixadora", diz a carta do grupo de vítimas às Nações Unidas.

Por causa de reclamações feitas anteriormente pela associação, a permissão para filmagens na Bósnia havia sido suspensa. Em outubro, Jolie disse em uma declaração que seria uma pena se "pressões injustas baseadas em informações erradas" impedissem que ela rodasse seu filme. O roteiro não teria nenhuma cena de estupro.

Brad Pitt e Angelina Jolie posam para fotógrafos no lançamento do filme "Megamente" em Paris, na França

No fim, a atriz e diretora acabou conseguindo permissão para que sua equipe gravasse cenas panorâmicas no país, apesar de não ter acompanhado pessoalmente as filmagens. As demais cenas teriam sido filmadas na Hungria.

Cerca de 100 mil pessoas morreram entre 1992 e 1995 no conflito entre croatas, muçulmanos e sérvios na Bósnia. De acordo com números do governo, estima-se que pelo menos 20 mil mulheres, em sua maioria muçulmanas, tenham sido estupradas durante a guerra.

Irã executa ex-amante de jogador de futebol

Presa há nove anos, a iraniana tinha sido condenada pelo assassinato, a facadas, de Laleh Saharkhizan, esposa de Naser Mohammadkhani

Shala Jahed foi enforcada ao amanhecer de hoje

A ex-amante de um popular jogador de futebol do Irã foi executada na manhã de quarta-feira (1º) em Teerã, apesar de apelos internacionais por clemência. Shala Jahed foi enforcada ao amanhecer no pátio da Prisão de Evin.

Presa há nove anos, a iraniana tinha sido condenada pelo assassinato, a facadas, de Laleh Saharkhizan, esposa de Naser Mohammadkhani, estrela do futebol que alcançou fama nos anos 80 e 90. Sua condenação foi baseada em uma suposta confissão, que ela depois disse ser falsa durante um julgamento público.

Ontem (30), o grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional disse que havia provas consideravelmente boas de que ela tinha sido condenada erroneamente. O caso ganhou ainda mais notoriedade após o apelo internacional contra o apedrejamento de Sakineh Ashtiani, iraniana acusada de trair e matar seu marido.

Jahed era considerada uma “esposa temporária” do jogador. Autorizado pela lei iraniana, um casamento temporário pode durar de alguns dias a alguns anos, desde que o marido arque com as despesas da mulher. A união pode, em seguida, ser anulada ou renovada.

Críticos do regime iraniano qualificam o casamento temporário como uma forma de prostituição legalizada. No Irã, homens podem ter até quatro esposas permanentes e quantas temporárias desejarem. Já as mulheres podem se casar apenas com um homem. Após ser presa, Jahed passou um ano se recusando a falar com as autoridades. Durante o período, ela foi mantida diversas vezes na solitária.

Na época, o jogador Mohammadkhani também chegou a ser preso por cumplicidade – já que estava na Alemanha no dia do crime –, mas foi liberado após autoridades afirmarem que Jahed havia confessado ter cometido o crime sozinha.

Quando resolveu falar, a mulher fez um protesto durante seu julgamento, aberto ao público: “Se querem me matar, vão em frente. Se me mandarem de volta [à prisão], vou confessar não apenas a morte de Saharkhizan, mas também a de pessoas que foram mortas por outros".

Serena Williams aparece 'morta' em anúncio de campanha contra a Aids

Iniciativa de celebridades quer arrecadar US$ 1 milhão para pesquisas

A cantora Alicia Keys convidou a tenista Serena Williams para participar de uma campanha para ajudar crianças portadoras do vírus da Aids. As peças publicitárias, no entanto, são de um gosto bastante duvidoso: as personalidades aparecem maquiadas, dentro de caixões. A ideia é promover a morte delas nas redes sociais para promover os anúncios. Além delas, outras celebridades como Lady Gaga, Kim Kardashian, Justin Timberlake, Jennifer Hudson, Khloe Kardashian (esposa do jogador de basquete Lamar Odom) e Elijah Wood participam da iniciativa, que visa arrecadar US$ 1 milhão. As celebridades só voltarão à internet apenas após a campanha atingir esta marca.
Anúncio de campanha contra a AIDS mostra a tenista Serena Williams dentro de um caixão