Khodorkovsky e o sócio são acusados por fraude; milionário já cumpre pena
O ex-milionário Mikhail Khodorkovsky, enquanto aguarda julgamento
A Justiça da Rússia considerou como culpados por fraude o ex-magnata do petróleo, Mikhail Khodorkovsky, e seu sócio, Platon Lebedev. A determinação saiu nesta segunda-feira (27).
O juiz que deu a sentença declarou que os dois homens também são culpados por lavagem de dinheiro proveniente de petróleo roubado. A acusação de furto do combustível da sua empresa, a Yukos (agora extinta), foi a principal contra Khodorkovsky -- que está preso.
O julgamento é visto como um "teste" do desejo do governo de impor a lei. Promotores pediram ao juiz para que deixasse o magnata por mais seis anos na prisão, além dos oito que ele está cumprindo.
Ao ler o veredicto do julgamento, o juiz Viktor Danilkin disse que o tribunal havia concluído que Khodorkovsky e Lebedev "fraudaram propriedade deixada sob confiança com os réus".
Colocados numa jaula revestida de ferro e vidro na sala do tribunal, Khodorkovsky e Lebedev ignoraram o juiz enquanto ele lia o veredicto, que já era amplamente esperado. Um sussurrava para o outro enquanto liam livros e documentos.
Uma multidão formada por cerca de cem defensores deles, do lado de fora da corte, gritava "Liberdade".
Khodorkovsky, que já foi o homem mais rico da Rússia e diretor da maior empresa petrolífera do país, está quase completando a pena de oito anos de prisão por fraude e evasão de impostos, fixada em um julgamento que marcou a presidência de Vladimir Putin (de 2000 a 2008).
No novo julgamento, a promotoria argumentou que ele roubou 27 bilhões de dólares em petróleo de subsidiárias da Yukos. Seus advogados qualificaram as acusações de absurdas e politicamente motivadas, para mantê-lo atrás das grades.