domingo, 19 de dezembro de 2010

Senado aprova revogação contra gays no exército americano

Lei histórica permitirá que homosexuais sirvam nas Forças Armadas americanas


Líder da maioria no Senado, o senador Harry Reid (centro) discursa em uma sessão incomum no Capitólio, Washington

Por 65 votos a favor e 31 contra, os senadores norte-americanos votaram pela revogação da lei que proibia homosexuais declarar a orientação sexual e servir a Força Armada, mais conhecida como 'Don't Ask, Don't Tell' (Não Pergunte, Não Diga). A lei, que existia desde 1993, deve ser levada à sanção do presidente Barack Obama até o final deste ano.

O projeto, aprovado nesta quarta-feira pela Câmara dos Representantes, teve o apoio de Obama e deve ser assinado ainda nesta semana, embora sem mudanças imediatas. Opositores argumentam que a mudança irá prejudicar o moral da tropa em tempo de guerra.

A lei 'Don't Ask, Don't Tell', promulgada no governo do presidente Bill Clinton, foi uma grande promessa de campanha de Obama e computou mais de 13.000 militares demitidos.

Antes da votação deste sábado no Senado, Obama afirmou que o fim da proibição significaria que "milhares de patriotas americanos não seriam obrigados a deixar as Forças Armadas porque eles são gays".

Obama fez da lei 'Don't Ask, Don't Tell' parte fundamental de sua agenda desde que tomou posse em 2009. Embora não tenha efeitos imediatos, após um período de 60 dias, a revogação permitirá que o Departamento de Defesa norte-americano implemente a nova política.

No início deste mês, um relatório do Pentágono, disse que a permissão de gays nas tropas teria pouco impacto sobre a coesão das forças dos EUA que lutam no Iraque e no Afeganistão. Os democratas, que ainda controlam ambas as Casas do Congresso, disseram que querem aprovar a revogação antes do início de um novo Congresso em Janeiro.