terça-feira, 26 de abril de 2011

Brasileiras com menos estudo sofrem mais de pressão alta

Ministro diz que população menos escolarizada não faz tanto exercício físico


25,5% das mulheres brasileiras sofrem com pressão alta


Pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) pelo Ministério da Saúde revela que a incidência de hipertensão arterial (pressão alta) é maior entre mulheres menos escolarizadas do que entre as que têm mais anos de estudo. De acordo com a pesquisa, 34,8% das brasileiras com até oito anos de estudo foram diagnosticadas com hipertensão em 2010, contra 13,5% das mulheres com 12 ou mais anos de escolaridade.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a população com menos tempo de estudo tende a não praticar exercícios físicos e a se alimentar pior, o que eleva a chance de desenvolver a doença.

– Os menos escolarizados praticam menos atividade física que os mais escolarizados.

Para estimular e facilitar o acesso desse grupo às atividades físicas, o ministério vai investir na instalação de equipamentos esportivos e promoção da prática de exercícios nos municípios, com o programa Academia da Saúde, lançado no último dia 7. A meta é implantar mil academias até o fim do ano. As prefeituras interessadas devem procurar o ministério.

A pesquisa constatou que o diagnóstico de hipertensão é maior entre as mulheres que entre os homens, 25,5% e 20,7% respectivamente. No entanto, isso não significa que o risco de ter a doença seja maior entre elas. A explicação para a diferença, segundo o ministério, é que o público feminino procura mais os serviços médicos que o masculino e, por isso, a prevalência é significativa entre elas.

Quando não tratada, a hipertensão provoca complicações à saúde, como entupimento de artérias, acidente vascular cerebral (AVC), infarto e outras doenças cardiovasculares.

Os dados integram pesquisa do ministério, feita por telefone, sobre a saúde do brasileiro, chamada Vigitel. Foram ouvidos 54.339 brasileiros maiores de 18 anos nas 26 capitais e no Distrito Federal, em 2010. A pesquisa é feita anualmente, desde 2006.
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