Segundo governo, medida serve para enriquecer dieta à base de arroz e repolho
Homem alimenta elefante durante filmagens de um documentário na África; Zimbábue quer servir carne dos paquidermes para acabar com a fome nas prisões, mas a medida desagrada ambientalistas
As autoridades penitenciárias do Zimbábue planejam servir carne de elefante para acabar com a fome nas prisões do país, informou nesta sexta-feira (22) a imprensa local.
Os mais de 13 mil detentos que ocupam as prisões do Zimbábue estão há quatro anos sem comer carne e se alimentam exclusivamente de feijão e repolho. Por isso, o vice-ministro da Justiça, Obert Gutu, pensou em servir carne de elefante para enriquecer a dieta dos detentos.
Em entrevista ao jornal The Zimbabwe Independent, Gutu afirmou que a carne de elefante pode ser uma opção viável para acabar com a fome nas prisões.
- O Ministério e a Comissão Penitenciária consideram que a carne de elefante pode ser uma opção. Existe o consenso de que há uma superpopulação de elefantes no país. Por que não utilizá-los para alimentar os presos?
No entanto, grupos ambientalistas manifestaram sua oposição à medida. O diretor da Força-Tarefa pela Conservação no Zimbábue, Johnny Rodrigues, negou que no país haja uma superpopulação de elefantes e ressaltou que no território só restam 35 mil animais.
- O governo deveria endurecer as leis para proteger estes animais.
A carne de elefante não é consumida habitualmente no Zimbábue. Mas, nos últimos dez anos, o governo do Robert Mugabe ordenou com frequência a parques nacionais a provisão de carne desses animais e de búfalo para alimentar os soldados em grandes cerimônias, como no aniversário do presidente.
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