Tonho da Onça está foragido da PF por suspeita de promover caça.
Vídeo mostra caçadores abatendo onças no Pantanal de MS.
Antonio Teodoro de Melo Neto, homem que diz ter se regenerado após matar mais de 600 onças em Mato Grosso, é flagrado em um vídeo que mostra a ação de caçadores em uma matança de onças no Pantanal em Mato Grosso do Sul. As imagens foram ao ar na edição de sexta-feira (6) do Jornal Nacional. O documentário integra um inquérito da Polícia Federal. Tonho da Onça, como é conhecido, é considerado foragido por suspeita de promover a caça predatória para turistas.
No vídeo, os caçadores acertam um tiro certeiro em uma onça-pintada. O animal despenca de uma árvore e morre na hora. O crime aconteceu dentro fazenda Santa Sofia, de propriedade da ambientalista Beatriz Rondon. A área é considerada uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e faz parte da Associação de Proprietários de Reservas Particulares de Mato Grosso do Sul (REPAMS), apoiada por diversas instituições ambientais como a WWF-Brasil.
Livro
Tonho da Onça, de Rondonópolis, já virou até personagem principal de um livro. Ele foi apresentado como o exemplo de homem que deixou de matar animais silvestres. Mas agora ele está foragido da Polícia Federal por suspeita de promover caça. Quando o livro foi publicado em 2007, uma equipe de reportagem da TV Centro América entrevistou Tonho. Ele disse na época que apenas deu continuidade ao trabalho dos tios, que era matar os animais para proteger o gado da fazenda onde moravam.
Valor
Turistas estrangeiros pagavam de US$ 30 mil a US$ 40 mil para caçar ilegalmente no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Os turistas participavam de safáris, que eram feitos em uma fazenda no município de Aquidauana, localizada a 130 quilômetros de Campo Grande. De acordo com o superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama/MS), David Lourenço, esses valores incluíam passagens aéreas, hospedagem e todo o tipo de munições e armamentos usados para a caça.