Foto: Polícia Civil |
Segundo o delegado Charles Leão, coordenador do GME, o professor e a vítima tiveram um relacionamento que durou cinco meses e acabou. Inconformado com o término do namoro, decidido em março deste ano, Sílvio criou três perfis falsos em uma rede social e oito blogs usando o nome da ex-namorada, nos quais a apresenta como garota de programa. Publicou na internet fotos dela ao lado de imagens pornográficas, disponibilizando também seu número de celular e o telefone de seu local de trabalho.
Sílvio também invadiu a conta de e-mail da vítima e enviou mensagens para todos os seus contatos com o objetivo de divulgar os blogs e desmoralizá-la. “Ele usou seus conhecimentos de especialista em informática para criar um meio de atingir a imagem da vítima de forma implacável”, disse o delegado.
Constrangida com as frequentes ligações feitas ao seu local de trabalho por homens interessados nos falsos perfis, a vítima foi obrigada a deixar o emprego e mudar-se para o município de Livramento de Nossa Senhora, a 600 quilômetros de Salvador, onde passou a viver com a família. A distância, entretanto, não intimidou Silvio, que continuou a persegui-la. Em 21 de julho deste ano, ele enviou uma mensagem de texto para a ex-namorada dizendo que atearia fogo ao veículo dela. A ameaça foi cumprida com o lançamento de um coquetel molotov no automóvel, estacionado na garagem de sua residência.
Em poder de Sílvio, os policiais apreenderem cinco chips para celular e dois smartphones que serão periciados. Os computadores da escola onde ele trabalhava também passarão por perícia. Autuado por ameaça, crime de explosão, falsidade ideológica e falsa identidade, o professor de informática ficará custodiado na carceragem da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), à disposição da Justiça. Em 1994, Silvio foi expulso da Policia Militar depois de atirar, durante uma briga, no filho de um sargento da corporação. As informações são da Polícia Civil.
Fonte: Acorda Cidade