terça-feira, 31 de julho de 2012

Professor é preso por difamar ex-namorada nas redes sociais

Em poder de Sílvio, os policiais apreenderem cinco chips para celular e dois smartphones que serão periciados. Os computadores da escola onde ele trabalhava também passarão por perícia.

Foto: Polícia Civil

O professor de informática Sílvio Ricardo Sobral Gomes, de 40 anos, acusado de ameaçar e difamar a ex-namorada por meio de mensagens de SMS e Internet, foi preso, na manhã desta terça-feira (31), em seu local de trabalho, no bairro da Pituba, em Salvador, por investigadores do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME), que cumpriram mandado de prisão preventiva, expedido pela juíza Márcia Lisboa, da Vara de Violência Doméstica da Comarca de Salvador.

Segundo o delegado Charles Leão, coordenador do GME, o professor e a vítima tiveram um relacionamento que durou cinco meses e acabou. Inconformado com o término do namoro, decidido em março deste ano, Sílvio criou três perfis falsos em uma rede social e oito blogs usando o nome da ex-namorada, nos quais a apresenta como garota de programa. Publicou na internet fotos dela ao lado de imagens pornográficas, disponibilizando também seu número de celular e o telefone de seu local de trabalho.

Sílvio também invadiu a conta de e-mail da vítima e enviou mensagens para todos os seus contatos com o objetivo de divulgar os blogs e desmoralizá-la. “Ele usou seus conhecimentos de especialista em informática para criar um meio de atingir a imagem da vítima de forma implacável”, disse o delegado.

Constrangida com as frequentes ligações feitas ao seu local de trabalho por homens interessados nos falsos perfis, a vítima foi obrigada a deixar o emprego e mudar-se para o município de Livramento de Nossa Senhora, a 600 quilômetros de Salvador, onde passou a viver com a família. A distância, entretanto, não intimidou Silvio, que continuou a persegui-la. Em 21 de julho deste ano, ele enviou uma mensagem de texto para a ex-namorada dizendo que atearia fogo ao veículo dela. A ameaça foi cumprida com o lançamento de um coquetel molotov no automóvel, estacionado na garagem de sua residência.

Em poder de Sílvio, os policiais apreenderem cinco chips para celular e dois smartphones que serão periciados. Os computadores da escola onde ele trabalhava também passarão por perícia. Autuado por ameaça, crime de explosão, falsidade ideológica e falsa identidade, o professor de informática ficará custodiado na carceragem da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), à disposição da Justiça. Em 1994, Silvio foi expulso da Policia Militar depois de atirar, durante uma briga, no filho de um sargento da corporação. As informações são da Polícia Civil.

Fonte: Acorda Cidade

Mulheres são arrastadas por veículo que presta serviço para Coelba em Feira de Santana

As irmãs prestaram queixa e fizeram exame de corpo e delito na tarde de ontem (30).

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Duas irmãs, moradoras da rua D, Conjunto Morada das Árvores, prestaram queixa na última sexta-feira (27), por agressão, contra o motorista da empresa Macromaq Equipamentos LTDA, Ronaty Santos da Cruz, que presta serviços para a Coelba em Feira de Santana. Elas fizeram o exame de corpo e delito na tarde de ontem (30).


Suzane Brandão Carvalho, uma das vítimas, contou ao Acorda Cidade, que na sexta-feira, por volta das 16h, o carro Uno branco de placa MKJ 5791, da empresa Macromaq, chegou a sua residência para fazer o corte da luz. De acordo com ela, os recibos estavam pagos e quando a sua irmã, Ana Cristina Carvalho da Silva, tentou questionar o motivo do corte da energia, o motorista acelerou o carro e a arrastou por cerca de 100 metros.

“Eu, minha irmã e minha mãe estávamos sentadas na varanda quando o carro da empresa chegou, tirou a escada para cortar a luz, sem comunicar. Perguntamos se era a luz da nossa casa, porque os recibos estavam pagos. Mesmo assim eles cortaram. Enquanto minha irmã foi providenciar o recibo eles entraram no carro. Minha irmã encostou para questionar qual o motivo do corte e o motorista respondeu que teria que pagar para fazer a religação. Ele arrastou o carro levando minha irmã junto”, relatou.

De acordo com Suzane, ao tentar segurar a sua irmã ela também foi arrastada e roupa de Ana Cristina chegou a rasgar. Ela conta que a irmã estava segurando na porta do motorista e não conseguiu tirar o braço.

“Eu a puxei e cai por cima dela. Ficamos no chão cheias de escoriações e chamaram a Polícia Militar e o Samu para nos socorrer. Um dos pneus do carro passou em cima do pé da minha irmã. Minha mãe de 76 anos passou mal ao ver a cena e precisou ser atendida”, afirmou.

Suzane contou ainda que sua irmã foi até a Coelba pedir esclarecimentos, mas não conseguiu informações e que a população foi quem ajudou a localizar o motorista, que foi conduzido e apresentando junto com o carro na delegacia.

“Estamos tornando esse acontecimento público para que isso nunca mais ocorra. Eles precisam saber que as pessoas não estão a mercê dessas coisas. Não podemos nos calar. A minha intenção é justiça”, salientou. “Não tinha necessidade disso, porque o recibo pago estava em mãos. Estou com o joelho inchado, sou professora de Ed física e estou sem poder trabalhar”, acrescentou.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

sábado, 7 de julho de 2012

Carta revela que Hitler deu proteção a judeu

Ernst Hess, então juiz do tribunal de Dusseldorf, lutou com Hitler na Primeira Guerra Mundial e teria sido protegido pelo ditador


Uma carta encontrada recentemente revela que Adolf Hitler deu temporariamente sua proteção a um oficial judeu do exército, que lutou com ele na Primeira Guerra Mundial, informou neste sábado a historiadora Susanne Mauss, autora da descoberta.


O documento, datado de 1940 e que leva o selo do chefe das SS, Heinrich Himmler, certifica o desejo de Hitler de proteger seu antigo companheiro de armas da política antijudia do regime nazista. 


O "Jewish Voice from Germany" publica uma cópia do documento encontrado por Mauss, membro do comitê de redação desta publicação. 

Intervenção

O documento indica que Ernst Hess, então juiz do tribunal de Dusseldorf, "esteve durante a guerra de 1914-1918 na mesma companhia que o Führer e foi provisoriamente o chefe dessa companhia".

Apesar de reconhecer explicitamente Hess como "judeu com quatro avós judeus", a carta enfatiza o desejo de Hitler de que se considere "com benevolência" a demanda de Hess de gozar de tratamento especial. A carta termina com um convite às autoridades competentes a "deixar em paz" o interessado.

No entanto, segundo a historiadora, a proteção do Führer foi apenas temporária entre 19 de agosto de 1941, a data do documento, e a primavera de 1941, quando Hess foi deportado para o campo de Milbertshofen, perto de Munique.

Fato excepcional

"O documento se refere ao 'desejo' ('Wunsch' em alemão) do Führer e isso é algo realmente surpreendente", afirmou Susanne Mauss à AFP. Segundo ela, citar Hitler neste tipo de documento era um fato excepcional.
 
Mauss encontrou a carta quando estava preparando uma exposição chamada "Advogados sem direitos" sobre a história dos advogados judeus no distrito de Dusseldorf.

Ernst Hess, cuja filha, Ursula, tem agora 86 anos, sobreviveu à guerra e morreu em 14 de setembro de 1983, em Frankfurt. Sua irmã Berta morreu depois de ser deportada.