Freira baiana passará a ser chamada 'Bem-aventurada Dulce dos Pobres'.
Expectativa é a de que a beatificação ocorra no primeiro semestre de 2011.
Irmã Dulce passa a ser chamada 'Bem-aventurada
Dulce dos Pobres'
O Papa Bento XVI assinou, nesta sexta-feira (10), o decreto que formaliza a condição de beata de Irmã Dulce. De acordo a assessoria de imprensa das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid) , ela agora é declarada "Bem-aventurada Dulce dos Pobres." A autorização para a beatificação foi dada pelo pontífice ao prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, em audiência privada no Vaticano.
Segundo a Arquidiocese de Salvador, a assinatura do papa representa a conclusão do processo de beatificação de Irmã Dulce, iniciado em 2000. A beatificação, no entanto, deverá acontecer durante uma missa que ainda não tem data definida. A expectativa é de que a cerimônia aconteça ainda no primeiro semestre de 2011.
A abertura do processo de beatificação de Irmã Dulce ocorreu em 17 de janeiro de 2000. No ano seguinte foi anunciado o milagre e, em 2002, o processo foi levado para análise do Vaticano.
Para que fosse considerada beata, uma vasta documentação foi encaminhada ao Vaticano, que fez o reconhecimento jurídico, em junho de 2003, sobre a veracidade do milagre atribuído a Irmã Dulce.
Em abril de 2009, a religiosa foi considerada venerável pela biografia. Isso, segundo a Igreja Católica, implica dizer que Irmã Dulce teve uma vida de santidade.
Beatificação
A concessão do título de beato ou bem-aventurado é o reconhecimento de uma vida cristã em grau heróico, segundo a Osid. Com a concessão, o papa passa a permitir à Irmã Dulce uma devoção pública limitada, com a inclusão de seu nome no calendário das festas litúrgicas da Igreja. A festa em devoção ao beato acontece ordinariamente no aniversário da sua morte, ocasião considerada como um nascimento para a vida eterna. Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992.
A beatificação é uma etapa no processo para a canonização. Para a canonização é necessária a aprovação de um milagre adicional atribuído à intercessão do beato. No momento da canonização, o papa declara que o beato está entre os santos do céu e inscreve o nome da pessoa na lista oficial dos Santos da Igreja.